Servidor do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em Caxias, o auditor fiscal Vanius Corte volta a assumir a função de gerente regional da instituição — que ocupou de 2010 a 2017 — nesta segunda-feira. O cargo estava sob responsabilidade de Julio Cesar Goss, preso na manhã da última quarta após denúncia de fraude envolvendo um rombo de mais de R$ 20 milhões. Corte explica que assumirá de forma interina, já que o processo que aponta Gross como o responsável por um esquema criminoso ainda está no início.
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— É uma coisa interina, até porque daqui a pouco ele (Goss) pode voltar, pode se descobrir que não tem nada e ele volta. O que aconteceu agora é o início do processo, ele não foi condenado ainda, pode ser que não seja nada disso, tomara. Pode ser que seja como ele disse, que clonaram a senha do computador dele. Se for isso, ele volta e tudo bem. Fico interino até que se esclareça isso e que se tenha essa avaliação — ponderou Corte.
A principal missão do novo gerente é trabalhar pela imagem do MTE em Caxias, mostrando que o escândalo da fraude envolvendo Goss foi um caso isolado e pessoal.
— Queremos mostrar que não foi uma coisa que envolveu o Ministério do Trabalho enquanto instituição, até porque a investigação partiu do MTE, que colheu elementos e mandou para Polícia Federal. A gente quer mostrar que o que aconteceu foi uma coisa específica, individual, pontual. Caxias nunca teve problema nenhum, sempre tivemos uma imagem muito boa do MTE em Caxias, nunca teve denúncia de coisa nenhuma, em tempo nenhum, com ninguém. Então é isso que vamos voltar a mostrar, não tem nada que envolva o MTE, continuamos trabalhando, todas as funções estão normais, não tem mais ninguém envolvido, quem pode colaborar na investigação está colaborando, a gente vai voltar a trabalhar e tentar deixar isso bem claro — enfatizou.
Quando pediu para deixar o cargo de gerente, no ano passado, Corte justificou que discordava de alguns posicionamentos do Ministério do Trabalho. Hoje, no entanto, considera mais importante a missão de trabalhar pela manutenção da imagem da instituição.
— Foi mais como uma convocação, na verdade, o convite foi por meio de uma pessoa que atualmente é assessora do ministro lá em Brasília, que ficou sabendo da coisa toda e pediu: "deixa os motivos que te levaram a sair de lado agora, vamos voltar e resolver isso". É uma coisa bem emergencial para tentar retomar o mais rápido possível a normalidade — disse.
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