Trabalhadores dos Correios devem entrar em greve em todo o país nesta segunda-feira. Segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos do Rio Grande do Sul (Sintect-RS), entre os motivos apontados para a paralisação está a sobrecarga de trabalho por falta de funcionários para entregar as encomendas, a decisão da empresa de tirar a inclusão dos pais nos planos de saúde e a proposta de redução de carga horária para seis horas diárias, com redução salarial de 25%.
Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (FENTECT), a direção da empresa quer que os funcionários arquem com mensalidades do plano, assim como a retirada de dependentes. Os trabalhadores também protestam contra as alterações no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), a terceirização na área de tratamento, a privatização da empresa, suspensão das férias dos trabalhadores, extinção do diferencial de mercado e a redução do salário da área administrativa.
Em Caxias do Sul, o Pioneiro contatou a matriz e três filiais, que afirmaram estar funcionando normalmente na manhã desta segunda-feira. Somente os entregadores estariam paralisados. A assessoria dos Correios em Porto Alegre foi contatada mas até o início da manhã não tinha dado retorno com mais informações sobre a greve.
Confira a nota dos Correios na íntegra:
"A greve é um direito do trabalhador. No entanto, um movimento dessa natureza, neste momento, serve apenas para agravar ainda mais a situação delicada pela qual passam os Correios e afeta não apenas a empresa, mas também os próprios empregados. Esclarecemos à sociedade que o plano de saúde, principal pauta da paralisação anunciada para a próxima segunda-feira (12) pelos trabalhadores, foi discutido exaustivamente com as representações dos trabalhadores, tanto no âmbito administrativo quanto em mediação pelo Tribunal Superior do Trabalho e que, após diversas tentativas sem sucesso, a forma de custeio do plano de saúde dos Correios segue, agora, para julgamento pelo TST. A empresa aguarda uma decisão conclusiva por parte daquele tribunal para tomar as medidas necessárias, mas ressalta que já não consegue sustentar as condições do plano, concedidas no auge do monopólio, quando os Correios tinham capacidade financeira para arcar com esses custos."