Vânia Raquel Nagamori Martins tem 29 anos, é mãe de uma menina de quatro anos e mora em Gramado. Em 2014, após encerrar a amamentação de Gabriela, sentiu dores na mama direita, principalmente no mamilo. Na época, o diagnóstico do ginecologista foi mastite. Pouco tempo depois, uma secreção no mamilo voltou a chamar sua atenção. O diagnóstico foi o mesmo. Vânia confiou e seguiu sua vida.
Mas uma pulga na orelha a lembrava de que precisava investigar mais: uma ferida no mamilo insistia em ficar ativa. Em 2016, ela decidiu procurar o mastologista Maximiliano Cassilha Kneubil, em Caxias.
— Foi a minha salvação. Não fosse ele, não sei se estaria viva — declara.
O primeiro passo foi a biopsia, depois a ecografia e a punção. Resultado: 11 nódulos malignos em uma única mama. A decisão da equipe médica foi rápida e eficiente. Em menos de um mês, ela já havia começado o tratamento de quimioterapia para reduzir os tumores. A segunda etapa foi a retirada das duas mamas (mastectomia bilateral). Foi este processo rápido e eficiente que a salvou e a fez encarar o tratamento com naturalidade e lucidez.
— Nunca me senti doente. Enfrentei todas as etapas de cabeça erguida e apostando que iria dar certo. E deu. Estou aqui, viva, feliz e com meu cabelo de volta — ressalta.
E o que Vânia aprendeu com a doença? Muita coisa!
— Primeiro, fique atenta a qualquer mudança diferente na sua mama. Segundo, não se satisfaça com o primeiro diagnóstico, vá em busca de um especialista — ensina.
Vânia não tem histórico familiar da doença. Portanto, não se baseie nisso para procurar um médico. Autoexamine-se e observe qualquer alteração.
— Se tiver que enfrentar a doença, erga a cabeça. Você vai sobreviver e aprender muito — aconselha Vânia.