CORREÇÃO: o detalhamento divulgado pelo Cerest não é referente a novas irregularidades encontradas no hospital Virvi Ramos. Elas fazem parte de um relatório feito a partir de uma vistoria em agosto deste ano. A informação incorreta permaneceu publicada entre 13h28min e 17h28min.
O Centro Regional de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), que participou de uma vistoria feita em agosto no Hospital Virvi Ramos, em Caxias do Sul, detalhou as irregularidades encontradas na instituição há quase dois meses. O documento foi encaminhado ao Ministério Público do Trabalho e a Associação Cultural e Científica Virvi Ramos (ACCVR), mantenedora do Virvi Ramos, foi notificada na ocasião.
De acordo com informações do relatório, divulgadas nesta segunda-feira, houve aumento de 5,5% no total de acidentes envolvendo funcionários do hospital no período de um ano. Entre as situações identificadas, há 22 casos em que o trabalhador foi exposto à material biológico, dois acidentes de trajeto, um acidente relacionado à violência interpessoal, outro referente a uma contaminação intra-hospitalar por tuberculose e 10 acidentes de trabalho típicos, que envolvem quedas e impactos contra objetos.
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Ainda conforme o relatório, quase 50% dos acidentes concentram-se em no Setor 200 e Bloco Cirúrgico, com proporção de 25% e 22,2% respectivamente. Nestas duas unidades, os profissionais estão mais expostos à material biológico, como acidentes de rotina. Cerca de 61% dos acidentes de trabalho ocorreram entre profissionais técnicos de enfermagem. Outra irregularidade apontada pelos Cerests é o déficit de seis enfermeiros e de três técnicos de enfermagem em três setores: Unidade de Saúde Mental, no Setor 200 e no Ambulatório de Pronto Atendimento. Foi constatado, ainda, que recipientes de descarte de objetos cortantes estavam com preenchimento acima do limite na sala de emergência e na de coleta de exames.
No setor 300, também foi identificada a falta de um enfermeiro e cinco técnicos de enfermagem. Já no Setor 400, faltam três enfermeiros e na Agência Transfusional mais dois técnicos de enfermagem.
A diretora executiva do Virvi Ramos, Cleciane Doncatto Simsen, afirma que parte das irregularidades encontradas já foram resolvidas pela instituição. Segundo ela, o hospital teria, conforme o problema, um prazo de 30, 60 ou 90 dias para solucionar o que foi apontado no relatório.
— Auditorias são bem-vindas sempre porque podem apontar algumas falhas que passam despercebidas durante o trabalho. Já solucionamos alguns problemas e logo vamos solucionar os demais. Nosso maior interesse é que a população continue sendo bem atendida — explica.