O Hospital Pompéia e a prefeitura de Caxias do Sul assinaram nesta semana os termos de renovação do contrato que mantêm. A entidade recebe cerca de R$ 1,7 milhão por mês do Município para custear suas atividades.
– A negociação foi no sentido de manter quantitativamente os serviços de hoje, do atendimento hospitalar pelo SUS e ambulatorial. Na parte orçamentária também permanece a mesma – relata Francisco Ferrer, superintendente da instituição.
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Dentro do valor acordado, estão R$ 155 mil mensais correspondentes à parte da verba que era repassada pelo governo do Estado até 2015, para compensar a defasagem da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) do governo federal.
Ferrer explica que o contrato tem vigência até março do ano que vem. Após esse período, o termo pode ser revisado. A intenção do Hospital é que em 2018 o repasse seja reajustado de acordo com a inflação do período.
Estado deve R$ 1,44 milhão ao hospital
Os atendimentos públicos do Hospital Pompéia são financiados pela prefeitura de Caxias, o governo do Rio Grande do Sul e a União. De acordo com o superintendente do Pompéia, a administração estadual não paga há três meses o repasse que custeia o atendimento de urgência e emergência, gestação de alto risco e a UTI da instituição.
– Isso é uma situação que se repete em vários hospitais do Estado. Essa questão está sendo vista pela Federação (Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Rio Grande do Sul), que está negociado em nome dos hospitais. Mas até agora não temos nenhum retorno do governo – lamenta.
O atraso na verba de R$ 480 mil mensais, por enquanto, não está afetando os atendimentos do Pompéia, mas, segundo Ferrer, prejudica o fluxo de caixa e o pagamento de fornecedores da instituição.
A Secretaria Estadual da Saúde confirmou que os pagamentos para o mês de maio e junho aos hospitais e prefeituras do RS estão atrasados. A exceção são os casos em que decisões judiciais obrigaram o Estado a repassar os recursos. Segundo a pasta, intenção é regularizar os pagamentos na medida em que houver disponibilidade financeira.