O atraso na abertura da unidade de pronto-atendimento (UPA) de Caxias do Sul, que desde 2014 está com a estrutura completa, porém ainda não atende a comunidade da Zona Norte da cidade, motivou uma visita, na tarde desta terça-feira, de alguns vereadores. A ideia, conforme o presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente, o vereador Renato Oliveira (PCdoB), era possibilitar que membros do Legislativo conhecessem todo o espaço, além de terem a oportunidade de cobrarem pelo início das atividades no serviço.
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Número de leitos em hospitais de Caxias não acompanhou crescimento da demanda
– A visita estava marcada há meses, ainda quando o secretário da pasta era o médico Fernando Vivian. Estamos cumprindo nosso papel de fiscalizar. Temos a consciência de que a saúde de Caxias passa por um momento muito delicado. Nosso desejo é que os atendimentos comecem o quanto antes. Quem sofre com essa demora é a população carente – explica.
Numa espécie de sabatina, parlamentares e líderes comunitários de bairros da Zona Norte também questionaram a secretária Deysi Piovesan, que pela primeira vez entrava na UPA, sobre os demais problemas que a cidade enfrenta no setor da saúde pública: exoneração e greve dos médicos, superlotação do Postão 24h e falta de leitos no Sistema Único de Saúde (SUS) em hospitais de Caxias. Antes disso, todos puderam conhecer a ampla estrutura que deve atender entre 350 e 400 pessoas por dia. A visita foi guiada pelo coordenador de projetos da Secretaria da Saúde, Raul Vigioli.
Ao responder as questões, a secretária reafirmou que a unidade será aberta em setembro.
– Até o momento, não há nada que faça mudar esse prazo. Já estamos finalizando o processo de contratação da empresa terceirizada que irá atender na unidade e não houve nenhum atraso que nos obrigue a atrasar o início dos atendimentos – reforça.
Assim que abrir, a expectativa é de que mais de 90 mil pessoas optem pelo atendimento na UPA, que, então, irá absorver cerca de 50% da demanda do Postão 24h.