Enquanto a Delegacia de Trânsito encaminhará na próxima semana a investigação que deve apontar como foi o acidente que tirou a vida do pequeno Erick Jorge Vian da Rosa, de oito anos, a família vive o luto e ressalta o desejo de justiça. O atropelamento ocorreu na tarde da sexta-feira em Caxias do Sul, no bairro Cruzeiro.
Ele estava na Rua Luiz Michelon, esquina com a Rua Avelino Avrela, quando estaria atravessando a rua e foi atingido pelo caminhão. O motorista não prestou socorro. Erick chegou a ser encaminhado ao Hospital Geral, mas não resistiu aos ferimentos. O velório ocorre neste sábado na igreja Santos Anjos, no bairro Bela Vista.
A família do menino mora na Luiz Michelon, quase ao lado de onde aconteceu o acidente. Erick estaria voltando sozinho de um salão, onde foi cortar o cabelo. Câmeras de monitoramento de um comércio que fica na frente do cenário do acidente flagraram as imagens, que já foram entregues à polícia.
– Eu só quero justiça, e eu vou lutar até o fim, em nome do meu filho – resumiu a mãe do menino, a instrutora de auto-escola Juliane do Rosario Vian.
O menino frequentava o terceiro ano do Colegio Estadual Imigrante e era apaixonado por futebol. Sempre ao lado do melhor amigo, o primo Cauã, de 10 anos, acompanhava os jogos do Grêmio e sonhava em ser jogador profissional. Era descrito pelos vizinhos como um menino carinhoso e educado.
– Eu estava em casa, descansando, quando me avisaram do acidente. Moro quase ao lado de onde ele foi atropelado. O que nos deixa indignados é que ele não prestou socorro. Fatalidades acontecem, mas ele sequer parou para ajudar – desabafa a tia do menino, Jules do Rosário Vian.
O corpo será enterrado no Cemitério da Comunidade de Santa Lucia da 9ª Légua no fim da tarde deste sábado.
Imagens já estão com a polícia
O caso que será investigado pela Delegacia de Trânsito terá como suporte as imagens da câmera de segurança de um comércio na Luiz Michelon. A equipe deste estabelecimento preferiu não falar com o Pioneiro. Na tarde de ontem, um caminhoneiro se apresentou no plantão da delegacia para comunicar que não era o responsável pelo atropelamento.
Ele teria trafegado pela Luiz Michelon naquele horário e moradores associaram o caminhão conduzido por ele ao envolvido na ocorrência. Segundo o registro policial, o homem teria recebido duas ligações de proprietários da transportadora onde trabalha questionando sobre o atropelamento. Por isso, ele voltou ao local do acidente e conversou com funcionários de uma loja que confirmaram que uma criança morreu naquele ponto. Os funcionários confirmaram que o caminhoneiro era o principal suspeito.
No entanto, ele reiterou que não atropelou ninguém, porque teria prestado socorro caso tivesse visto o acidente.
Ocorrência
Família de menino morto por atropelamento em Caxias quer justiça
Motorista não prestou socorro. Um caminhoneiro se apresentou na delegacia negando autoria
Raquel Fronza
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