Cerca de 120 projetos habilitados no Financiamento Municipal de Desenvolvimento do Esporte e Lazer (Fiesporte) aguardam a liberação de um total de R$ 3,5 milhões para este ano. A Secretaria do Esporte e Lazer admite que existe um atraso em relação a anos anteriores, mas diz que o motivo é que o cumprimento da legislação. As informações são da Gaúcha Serra.
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Conforme a secretária Marcia Rohr da Cruz, a prestação de contas das entidades relativas ao ano passado ainda está em análise e os valores só serão liberados após a homologação. Segundo ela, a expectativa é que a conclusão dos processos comece em 15 dias. Somente a partir daí, o dinheiro será depositado, à medida que as contas sejam aprovadas, o que significa que nem todos os projetos vão receber no mesmo período. Mesmo sem o repasse, algumas entidades já começaram a desenvolver os projetos.
– Se eles se anteciparam executando atividades, a responsabilidade é deles. Nós não tivemos tempo hábil de resolver todos os problemas que encontramos – diz a secretária.
O atraso preocupa o professor Noelsen Lima, que comanda o projeto de estímulo à prática de Badminton, promovido pelo Colégio Murialdo. Ele explica que conta com profissionais e estrutura já em funcionamento. É uma continuidade do que tem sido realizado nos últimos anos. São 300 crianças atendidas na cidade. A iniciativa trabalha em três frentes: educacional, esporte de alto rendimento e eventos. A manutenção do projeto tem sido feita por meio de promoções, mas ele corre o risco de suspensão sem o valor do Fiesporte. No alto rendimento, por exemplo, falta dinheiro para pagar viagens necessárias para competições.
– A base do esporte caxiense passa pelo Fiesporte. Nós levamos o nome de Caxias para o Brasil – comenta.
Nesta quinta, Lima ganhou espaço na tribuna da Câmara de Vereadores para alertar sobre o problema. Os contratos do Fiesporte foram assinados em março. Se a dinâmica de anos anteriores fosse mantida, a liberação da verba deveria ocorrer em abril.