Uma das maiores operações dos últimos anos em área invadida em Caxias do Sul terminou no sábado. A única casa que ainda restava em terreno particular no loteamento Vila Amélia II, região do Desvio Rizzo, foi demolida por uma escavadeira de esteira.
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A ação durou seis dias e resultou na remoção total de 21 casas e no recuo de muros e paredes de outras 80 moradias. Os espaços até então ocupados por moradias foram preenchidos por pedras, pois o objetivo é evitar novas invasões.
Segundo o líder comunitário Dirlei Silveira da Rosa, as famílias que perderam tudo estão sendo atendidas pela Fundação de Assistência Social (FAS).
– A maioria está com aluguel social. É triste, tentamos durante anos resolver isso e não conseguimos – lamenta.
A operação foi coordenada pelo oficial de Justiça André Calai. Segundo ele, ainda falta intervir em cinco casas de alvenaria. Esses imóveis receberam uma marcação vermelha no ponto exato onde haverá a demolição parcial.
– Essas moradias serão cortadas, mas antes precisam receber um suporte para não desabarem. Esse trabalho será feito por engenheiros da empresa dona do terreno particular – explica Calai.
A disputa no Vila Amélia II durou quase 10 anos. Em 2011, saiu a sentença definitiva que determinou a reintegração de posse. A área de invasão tem quase 1 quilômetro de extensão e margeia os trilhos da antiga ferrovia. Com a operação na área particular, as casas agora estão assentadas apenas sobre terreno que pertence à União.