A comissão mista criada no Senado para discutir a medida provisória que reestrutura o ensino médio aprovou, nesta quarta-feira, o parecer do relator, Pedro Chaves (PSC-MS). O relatório inclui artes e educação física entre as disciplinas obrigatórias para o ensino médio e prevê que os estudantes poderão escolher a área na qual vão se aprofundar já no início do curso.
Após a votação, na Comissão Mista da Medida Provisória 746, o texto ainda deve passar pelos plenários da Câmara e do Senado até março do próximo ano. O relatório de Pedro Chaves foi apresentado nessa quarta-feira, 29 de novembro, e houve pedido de vista coletiva, o que adiou a votação do texto.
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O relatório também estabeleceu uma meta intermediária de ampliação da carga horária para pelo menos mil horas anuais no prazo máximo de cinco anos para todas as escolas do ensino médio.
O texto amplia de 50% para 60% a composição do curriculum do ensino médio preenchido pela Base Nacional Comum. Os 40% restantes serão destinados aos itinerários formativos que o estudante poderá escolher: linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e formação técnica e profissional.
A MP prevê ainda que o governo federal amplie de quatro para 10 anos o prazo de repasse de recursos federais aos estados para apoiar a ampliação da carga horária.
Apresentada pelo presidente Michel Temer em setembro, a MP do ensino médio flexibiliza os currículos e amplia progressivamente a jornada escolar.