Diante da crise, e sem garantias de novos recursos do Estado para a área saúde, a prefeitura de Caxias do Sul pediu novamente ajuda aos 49 municípios da 5ª Coordenadoria Regional de Saúde (5ª CRS) para dividir as contas e continuar atendendo a pacientes da região. Em reunião na manhã de segunda, os vice-presidentes de cada uma das quatro microrregiões de saúde foram convocados a analisar a proposta, chamada de cofinanciamento, e começar a ajudar no repasse de verba.
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Atualmente, Carlos Barbosa, Coronel Pilar, Cotiporã, Boa Vista do Sul, Bom Jesus, Campestre da Serra, Esmeralda, Fagundes Varela, Farroupilha, Flores da Cunha, Garibaldi, Gramado, Jaquirana, Linha Nova, Muitos Capões, Nova Pádua, Picada Café, Pinhal da Serra, São José dos Ausentes, Veranópolis e Vista Alegre do Prata dividem as contas com a cidade. Uma nova reunião foi marcada para o dia 12, em Bom Princípio, para que os municípios definam se participarão do cofinanciamento.
- A situação de Caxias, de acordo com a secretária Dilma Tessari, está inviável. Nossa intenção é criar um elo maior entre as cidades, para que todos possam ajudar um pouco e ninguém fique sem atendimento. Todos sabem como está situação financeira do Estado, não temos como garantir novos recursos - explica a coordenadora regional da saúde, Solange Sonda, que participou do encontro nesta segunda.
Solange enfatiza ainda que os recursos repassados pelos municípios, acordados desde o ano passado, servem para complementar a tabela do Sistema Único de Saúde (SUS), que está defasada. A verba é essencial para o funcionamento da saúde em Caxias, ainda mais depois que o governo de José Ivo Sartori anunciou que determinará o corte de despesas próximo de R$ 4 bilhões em todas as secretarias e órgãos públicos.
Em Caxias, dados divulgados ontem pela secretaria da saúde apontaram que a a crise aumentou em 30% a demanda por consultas do SUS nos primeiros meses de 2016.
Conforme a secretária municipal de Saúde, Dilma Tessari, o que mais cresceu foi a procura por consultas especializadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), mas o atendimento de clínica geral também está 20% maior. O aumento de consultas nos postos de saúde acaba se refletindo também no crescimento das filas no Postão 24 Horas. Segundo Dilma, ele já está sobrecarregado:
- Estamos atendendo em torno de 500 a 550 consultas por dia. O limite é esse mesmo, o que a equipe consegue atender. A justificativa, obviamente, é a falta de recursos da população, a migração dos planos de saúde para o SUS.
Cofinanciamento
Mais uma vez, Caxias solicita repasse de recursos de municípios da Serra para custear SUS
Verba serve para complementar a tabela do Sistema Único de Saúde
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