As buzinas e o ronco de motores de caminhões e carros rebaixados darão início, já neste sábado, às pré-romarias que antecedem a 137 ª edição da Romaria ao Santuário de Nossa Senhora de Caravaggio, em Farroupilha. Neste ano, a festa em homenagem à santa coincide com o feriado de Corpus Christi, comemorado no dia 26 de maio.
Os sábados, inclusive, irão concentrar todas as próximas pré-romarias ( veja na página ao lado), uma alteração proposta pela reitoria do Santuário para facilitar o acolhimento dos demais visitantes aos domingos, tradicionalmente o dia de maior movimento no local.
Entre as centenas de caminhoneiros que participam do evento amanhã, a maioria terá pouco a pedir e muito a agradecer.
Os perigos e incertezas que rondam as estradas são o maior desafio que esses profissionais enfrentam diariamente.
A insegurança que vivenciam toda vez que estacionam o caminhão em posto de combustível para passar a noite, ou quando cruzam estados com cargas valiosas, despertando a cobiça dos assaltantes, colaboram para que muitos desistam de trabalhar na boleia.
As pistas esburacadas e sem sinalização que tiram a vida de muitos colegas também pendem para o lado negativo da balança.
Ainda assim, há quem não desista da lida diária nas estradas Brasil afora.
- Não se perde o amor pela profissão.
Na sexta-feira que antecede a romaria, por exemplo, é um tumulto só: todos querem deixar o caminhão bonito, limpo e brilhoso para ir a Caravaggio, porque temos orgulho de ser caminhoneiro - resume o presidente da Cooperativa de Transportadores Autônomos de Farroupilha ( Cooperfar), Alcionei Roque da Silva, 45 anos.
Profissão une pai e filho Ivo Pegoraro, 51, não faltou a nenhuma das 10 pré-romarias organizadas pela Cooperfar.
Com 29 anos de profissão, ele avalia que o cotidiano do caminhoneiro se tornou mais difícil diante dos custos.
Religião
Caminhoneiros vão até Caravaggio, em Farroupilha, pedir por segurança e agradecer por trabalho
Pré-romarias de Nossa Senhora de Caravaggio
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