A estudante de Direito presa em flagrante por suspeita de falsificar a assinatura de um juiz em Caxias do Sul vai responder ao processo em liberdade. As informações são da Gaúcha Serra.
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Segundo o delegado titular do 1º Distrito Policial, Vítor Carnaúba, a universitária de 30 anos foi liberada pouco depois de ser detida. Ainda na delegacia, ela conseguiu a liberdade provisória e o delegado plantonista não chegou a estipular fiança.
A prisão em flagrante ocorreu por volta das 16h30min desta quarta-feira no Fórum. Conforme o registro policial, a universitária foi até o cartório da 4ª Vara Criminal carimbar um documento que comprovava a presença dela em uma audiência no dia 22 de setembro. O acompanhamento de audiências é exigido por uma disciplina do curso. Os atestados precisam ser assinados pelos juízes e carimbados.
A estudante entregou o formulário, supostamente assinado pelo juiz titular da 4ª Vara Criminal, Dr. João Paulo Bernstein, a um funcionário do cartório. Ele levou o documento à assessora do magistrado, que confirmou a irregularidade da assinatura. Em seguida, o próprio juiz analisou o documento e confirmou a fraude.
No verso, ele escreveu uma declaração na qual constata a falsidade da assinatura e diz que encaminharia o caso ao Ministério Público. A Brigada Militar foi chamada para levar a estudante até o plantão da Polícia Civil. Na delegacia, a estudante negou que a assinatura era falsa, pediu perícia no documento e disse que por ser estudante de Direito prima pela excelência da lei.
Um inquérito vai ser aberto para apurar o caso. Entre os fatos a serem analisados é se foi a estudante quem falsificou o documento ou apenas o apresentou no Fórum. O prazo para a conclusão é de 30 dias.