A mulher de 35 anos que foi presa temporariamente pela morte de Clair de Fátima Rech, 52 anos, disse à polícia que não teve a intenção de matar. O corpo de Clair estava enterrado no canil de uma residência no loteamento Vila Amélia, em Caxias do Sul. As informações são da rádio Gaúcha Serra.
Clair estava desaparecida desde o último dia 9. Na sexta, policiais da Delegacia de Homicídios e Desaparecidos de Caxias ouviram a suspeita. No sábado, ela foi até o plantão da Polícia Civil e mostrou onde estava o corpo de Clair.
Conforme o delegado Rodrigo Kegler Duarte, a suspeita afirmou que ela e a vítima discutiram por uma dívida. A mulher disse que empurrou Clair, que bateu a cabeça e morreu.
A polícia aguarda o laudo da necropsia para confirmar a causa da morte. A mulher que confessou o crime está presa temporariamente desde sábado. Ela será ouvida pela polícia novamente ao longo da semana.
Para a reportagem do Pioneiro, um casal de amigos relatou que Clair estava com uma dívida no cartão de crédito de aproximadamente R$ 7 mil, mas o dinheiro não tinha sido gasto por ela. A informação foi dada ao casal pela vítima.
- A Clair emprestou o cartão com a senha para ela (a suspeita do crime) pagar uma conta, isso faz uns três meses. A partir daí, as dívidas foram só aumentando. Pelo que sabemos, a vizinha estava construindo uma casa em Santa Catarina com o dinheiro da Clair - conta Ivonete Teresinha Nunes.
O casal foi o primeiro a dar falta de Clair, ainda na segunda-feira, quando ela não voltou para casa depois de sair do trabalho. Daniel arrombou a casa da vizinha na terça, mas não a encontrou. Ivonete passou a ligar para todos os conhecidos de Clair e descobriu que ela tinha saído do hotel onde trabalhava na companhia da principal suspeita do crime. Depois daquilo, a camareira não foi mais vista.
Clair morava sozinha, era divorciada e não tinha filhos. Suas paixões eram os cães Joaquim, Francisco, Antonela e Valentina. A cachorrinha mais nova, havia sido um presente da principal suspeita do crime, que tem um canil.