Atenção, contendores, preparem a munição, pois o Uber vem aí e vai provocar uma polêmica Über.
Não tarda, não tem volta: o serviço de transporte oferecido por aplicativos da internet logo baixa em Caxias - e vai ser o deus-nos-acuda habitual. É assim sempre que o assunto mexe com convicções, culturas mentais, hábitos, direitos e deveres escritos décadas atrás.
O Uber está revolucionando o modo como os cidadãos se locomovem mundo afora. No Brasil, contudo, o chamado táxi alternativo não possui legislação própria.
A grita será imensa, mas o Uber é só mais um modelo do mercado colaborativo, em que um grupo de pessoas oferece o que outro grupo de pessoas necessita.
É bom irmos nos acostumando com esse tipo de negócio.
O serviço de táxi em Caxias é bom?
Não, não é.
O Uber pode mexer no setor, alavancando a qualidade e proporcionando mais rapidez e conforto ao cidadão?
Pode, e provavelmente vai.
Quando o Uber chegar, os taxistas vão protestar, o prefeito deve chiar, os vereadores gastarão horas debatendo (provavelmente sem apresentar lei alguma que regulamente o serviço).
E a população?
É bastante provável que a população adote os carros Uber.
Ao cidadão pouco importa se o Uber tem ou não concessão igual aos táxis, se há lei regulamentando a exploração desse meio de transporte, se a concorrência é ou não é desleal.
O cidadão quer, somente, bons serviços.
E se o poder público é incapaz de proporcionar bons serviços públicos de transporte, a população recorre às alternativas.
Foi assim em Paris, em Nova York, em São Paulo.
Está sendo assim em Porto Alegre.
Assim será em Caxias, apesar da chiadeira.
O que fazer para minimizar o impacto do Uber e reduzir as energias que serão gastas em polêmicas inférteis?
Debater o assunto antes que o assunto se imponha por si só é um bom começo.
Opinião
Gilberto Blume: a grita em Caxias será imensa, mas o Uber é só mais um modelo do mercado colaborativo
É bom irmos nos acostumando com esse tipo de negócio
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