O projeto de revitalização da linha férrea até o Desvio Rizzo, em Caxias do Sul, não precisa ser abandonado, caso o projeto do Trem Regional saia do papel. Conforme o vice-prefeito Antônio Feldmann, que coordena o grupo de representantes da Serra que defendem a retomada do transporte ferroviário, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) pode operar em meio a área com grande circulação de pessoas, como ocorre em algumas cidades da Europa.
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O estudo de viabilidade técnica apontou que 70% do traçado original poderia ser utilizado na reativação do trem, o que pode ser modificado pelo projeto executivo. Caso seja mantido, porém, o ponto de partida previsto é antiga estação, no bairro São Pelegrino, em Caxias, com chegada no bairro Universitário, em Bento Gonçalves. Para que opere em áreas urbanas, porém, o trem precisa operar a, no máximo, 40 km/h. Nas outras áreas, o estudo aponta que a linha da Serra poderia viajar a até 80 km/h. O tempo total de viagem entre Caxias e Bento é previsto entre 1h e 1h20min, com tarifa de, no máximo, R$ 4,50.
Segundo Feldmann, a velocidade reduzida em área urbanas é característica do sistema VLT. O VLT do Rio de Janeiro, implantado recentemente, por exemplo, opera em média a 25 km/h, com a vantagem de ter poucas paradas e trânsito livre. Feldmann se reuniu na semana passada na capital Fluminense com presidente do BNDES, Luciano Coutinho, para buscar recursos para o projeto executivo do trem da Serra. O executivo prometeu analisar a proposta, que também envolveu outros quatro trechos prioritários do país.