Enquanto o novo aeroporto de Caxias do Sul, em Vila Oliva, não sai do papel, o Hugo Cantergiani opera com limitações. Entre os problemas está a falta de infraestrutura ao passageiro: em dias de chuva, não há proteção no caminho entre a aeronave e a sala de embarque, tampouco uma espécie de toldo para quem aguarda por um táxi. Na sala-rádio há rachaduras e infiltrações, e o estacionamento para veículos está em obras desde 2012. Problemas estruturais se espalham pelo prédio, que tem rachaduras isoladas. O terminal não tem possibilidade de expansão, porque ao longo dos anos foi circundado pelo crescimento urbano. Hoje, é limitado pelo bairro Salgado Filho e pela BR-116.
Administrador do terminal caxiense, Marcos Argüelles destaca que o município tem atuado em sinergia com o Estado e que melhorias tem sido feitas. Das recentes, ele cita a pintura da pista e o cercamento de todo o sítio com concertina. No entanto, reconhece:
- Claro que temos coisas a melhorar, qualquer aeroporto tem. Sabemos das deficiências, o que está ao nosso alcance tentamos resolver com rapidez.
INFOGRÁFICO: O AEROPORTO Hugo Cantergiani em números
Os aparelhos com quase 30 anos de idade da sala-rádio do aeroporto Hugo Cantergiani podem estar com os dias contados. Na semana passada, o secretário estadual dos Transportes e Mobilidade, Pedro Westphalen, vistoriou a estrutura e sugeriu que sejam instalados equipamentos que seriam adquiridos para o futuro terminal de Vila Oliva. Ele não estabeleceu prazos claros, mas a expectativa é de que a troca ocorra até metade do ano que vem.
A ideia não é nova: surgiu ainda em março, após reunião entre Westphalen e o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha. O secretário ainda prometeu a entrega de um novo caminhão de Bombeiros, que deve substituir um antigo. Ele também mencionou a necessidade de se construir uma espécie de proteção na entrada do prédio principal, para que passageiros não se molhem em dias chuvosos.
O Hugo Cantergiani funciona em área do município, e é administrado pelo Departamento Aeroportuário do Estado (DAP). Para agosto, está prevista a troca da empresa que administra a sala-rádio.
*Colaboraram André Fiedler (Rádio Gaúcha Serra) e Jean Prado (RBS TV)