O macaco da espécie bugio encontrado morto na tarde do domingo, em Caxias do Sul, não foi enforcado, conforme suspeitavam os moradores do bairro Vale Verde, que acionaram a polícia. A Patrulha Ambiental da Brigada Militar, a Patram, periciou o corpo do animal na manhã desta segunda-feira e não identificou marcas de violência. A câmara de ar, borracha usada em pneus de bicicleta ou motocicleta, que envolvia o corpo do bugio, teria sido usada para transportá-lo. Possivelmente, a morte foi ocasionada por causas naturais.
- Nossa principal suspeita é que ele estava mantido em cativeiro, na residência de alguém, e morreu de alguma doença, por exemplo. Para desová-lo, alguém o envolveu nessa câmara de ar, e os moradores confundiram com enforcamento - analisa o sargento Everaldo Ribeiro dos Santos, que comanda a Patram em Caxias do Sul.
O animal estava na Rua Dinarte da Luz Leite, no Loteamento Vale Verde, e foi localizado por moradores. É uma fêmea adulta, de espécie nativa, que não está em extinção. Há muitos bichos desta espécie na nossa região, segundo o sargento, mas não é comum a presença deles em áreas urbanas, como no caso do Vale Verde, próximo do bairro Reolon. Eles se alimentam de frutos nativos e, nesta época, consomem bastante pinhão.
Ainda que não tenha sido constatada violência no corpo do animal, a Patram irá investigar a origem dele.
- Sabemos, com certeza, que ele não foi enforcado. Mas ele pode ter sido descartado aí. Faremos uma investigação - afirma o comandante da Patram.
A lei 9605 prevê como crime ambiental qualquer tipo de maus-tratos à animais. A pena pode ser de 6 meses a um ano de detenção, podendo agravar, dependendo da situação.
Perícia
Patram conclui que bugio não morreu enforcado em Caxias do Sul
Borracha teria sido utilizada para transportar corpo do animal, morto em alguma propriedade
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