Durante 20 dias, o professor de gastronomia Fredi Fontana, 32, viajou de navio entre o Brasil e a Itália. Ela saiu do Rio de Janeiro e chegou a Gênova, repetindo, em sentido contrário, a epopeia dos familiares italianos. Da cidade na Ligúria, pegou um trem e foi a Milão e, de lá, a Vicenza. Fredi encontrou-se com a irmã, Carla, e percebeu que a história escutada tantas vezes em casa havia se tornado real.
- Vi um pouco daquilo que meus antepassados viram - diz ele, que visitou as igrejas onde o avô foi batizado e o bisavô casou. - Foi bem emocionante - completa.
Como a gastronomia é uma das principais áreas de interesse do florense, ele notou que a comida da Serra, apresentada como típica italiana, não lembra tanto a de lá.
- Elas estão próximas, mas parece que a nossa foi congelada na ideia do 'típico' - avalia.
Mesmo emocionado com a viagem e a travessia, sabe que ela pouco lembra a realizada pelos imigrantes. O navio com cabines exclusivas e refeições à vontade não aparece sequer nos relatos mais fantasiosos sobre a imigração.
Italianos da Serra
Do Rio de Janeiro a Gênova: Fredi Fontana repetiu a travessia dos familiares imigrantes
Professor de gastronomia viajou de navio entre o Brasil e a Itália
Tríssia Ordovás Sartori
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