Os moradores e comerciantes do bairro Pio X, em Caxias do Sul, se sentem reféns dentro das residências e dos estabelecimentos comerciais devido aos frequentes roubos e assaltos registrados na região. A proprietária de uma casa de lanches, que tem a identidade preservada pela reportagem, reclama da sensação de insegurança e da falta de policiamento no bairro.
Ela conta que, na semana passada, assaltaram uma loja na rua onde tem o estabelecimento. Já no domingo, os criminosos entraram na casa de lanches por volta das 3h, sendo que a segurança acionou a Brigada Militar que fez buscas nas proximidades. No entanto, os assaltantes não foram encontrados e voltaram ao local às 4h da manhã.
Na madrugada desta terça outro estabelecimento foi alvo de bandidos. Ainda segundo a proprietária há um terreno baldio na rua Floriano Prezzi, que é ponto de tráfico e consumo de drogas, e os criminosos utilizam esse local para se esconder e fugir da polícia. Ela ressalta que é preciso mais policiamento, porque nos sete meses que mantém a casa de lanche, viu a Brigada Militar (BM) passar pelo local apenas uma vez.
O presidente do bairro, Alberto Camilo, afirma que os moradores têm razão e que realmente falta policiamento no bairro. Ele questiona onde estão os PMs responsáveis pelo policiamento comunitário, já que os moradores percebem que eles circulam pouco na comunidade.
O comandante do 12º Batalhão de Polícia Militar (12º BPM), tenente-coronel Ronaldo Buss, por sua vez, explica que os policiais são responsáveis pelo monitoramento não só do Pio X, mas também do Santa Catarina e do São José e, por isso, nem sempre são vistos pelos moradores. Ele afirma que mesmo com as ocorrências frequentes, os índices de criminalidade reduziram no local.
O comandante orienta os moradores a procurar o módulo da Brigada Militar, localizado no Parque Cinquentenário, e solicitar que policiais mudem a rota do patrulhamento, e assim passem a circular nos locais onde tem sido registrado o maior número de ocorrências.