A colocação de câmeras de alta definição dentro e fora do Instituto Penal de Caxias do Sul está reduzindo as fugas do chamado albergue prisional, localizado na Rua Conselheiro Dantas, no bairro Sagrada Família. As seis câmeras foram instaladas há duas semanas. O dinheiro para compra e instalação dos equipamentos veio das verbas de transações penais, ou seja, quando a pessoa é condenada a pagar um valor em dinheiro à Justiça. Esses valores são administrados pela Vara de Execuções Criminais (VEC).
Duas câmeras ficam nos corredores do Instituto Penal. Um dos equipamentos fica na guarita da Brigada Militar no pátio da Penitenciária Industrial de Caxias do Sul (Pics). As imagens dessa câmera dão uma ampla visão da parte de trás do albergue, que faz divisa com um matagal, ponto onde mais são registradas fugas.
Com as imagens como prova da fuga, a administração do albergue fez um acordo com a juíza da VEC, Milene Fróes Rodrigues Dal Bó, para que o preso que fugir e retornar espontaneamente vá direto para o regime fechado.
- Quando o preso foge e retorna, a orientação é que ele seja recolhido cautelarmente para o regime fechado para que se verifique essa fuga com o preso recolhido no regime fechado. Antes, ele se apresentava espontaneamente e permanecia no Instituto Penal para se verificar a falta com ele no semiaberto - explica a juíza.
O investimento com o equipamento foi de pouco mais de R$ 2 mil. Para a manutenção das câmeras, a administração do albergue também solicitará verbas das transações penais.
:: Vigilância no Apanhador
Câmeras de alta resolução também foram colocadas na Penitenciária Regional, na localidade de Apanhador. O investimento na unidade prisional foi de R$ 92 mil. Ao invés de investigar as fugas, o principal objetivo das câmeras do Apanhador é monitorar a relação entre os detentos e o relacionamento dos presos com os agentes. Câmeras foram instaladas também nas três galerias do presídio.