Quatro servidores da prefeitura de Bom Jesus foram indiciados pelo extermínio de pelo menos 126 cães e três gatos entre os dias 19 e 20 de novembro. A matança chocou a cidade, e os rumores da participação de funcionários do município já circulavam havia alguns dias.
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Foi comprovado, através de perícia, que os cachorros e gatos foram envenenados, mas a definição sobre o tipo de produto usado ainda depende de análise do Laboratório de Perícias, em Porto Alegre.
No sábado, 10 policiais civis cumpriram cinco mandados de busca e apreensão para localizar o veneno e outros materiais usados no crime na casa dos suspeitos. Na operação foram apreendidas substâncias mas ainda não há prova de que os produtos teriam sido aplicados na matança.
Os funcionários identificados foram responsabilizados pela prática de maus tratos contra animais, com a pena majorada pelas mortes, e por terem sido praticados em ato contínuo. Segundo o delegado Flademir Paulino de Andrade, os crimes foram cometidos na mesma noite.
A Polícia Civil justifica a não divulgação da identidade dos servidores porque eles não foram presos em flagrante e ainda não há condenação. Ainda segundo o delegado Flademir, não há comprovação da participação da prefeitura. No caso, os funcionários agiram por conta própria.
Os quatro suspeitos foram indiciados por maus tratos contra animais e associação criminosa. O inquérito será encaminhado nesta segunda-feira ao Poder Judiciário.
A pena prevista pode chegar a dois anos de prisão por maus tratos e três anos pela associação criminosa.
Convém lembrar que o caso era investigado pela delegada Thalita Giacometti Andrich, que foi substituída pelo delegado Flademir. Os motivos da mudança ainda não foram explicados.
Investigação
Quatro funcionários da prefeitura de Bom Jesus são indiciados por matança de cães e gatos
Polícia Civil diz que não há provas de que ordem de extermínio partiu da administração
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