Conhecido por ser autor confesso das mortes da representante do concurso Miss Itália Nel Mondo, Caren Brum Paim, em novembro de 2010, e do padrasto Ivandir da Silva Mairesse, em setembro de 2011, Eduardo Farenzena, que será julgado nesta sexta-feira em Caxias do Sul, chegou a ser internado para se tratar contra as drogas no Hospital Parque Belém, em Porto Alegre, em 2011.
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No mesmo ano, a Justiça autorizou sua entrada no Instituto Psiquiátrico Forense (IPF), também na Capital. Farenzena teve alta em menos de um mês após se submeter a exames psiquiátricos e psicológicos. Os especialistas concluíram que ele era imputável, isto é, tinha plena capacidade de entender o que fazia. Na ocasião, a promotora Sílvia Regina Becker Pinto afirmou que no laudo da instituição dizia que o rapaz apresentava características antissociais e que demonstrava frieza e pouca consideração com as pessoas.
- O laudo afirma que Eduardo Farenzena tem elevada periculosidade - ressaltou a promotora quando solicitou um novo pedido de prisão preventiva do acusado após a morte do padrasto.
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Logo após o corpo de Caren ter sido encontrado no distrito de Fazenda Souza, em 2010, a família da jovem apresentou o nome de Farenzena como suspeito pelo assassinato. No primeiro depoimento à polícia, ele negou a autoria do crime e falou ao Pioneiro que namorou a miss por um ano. No dia seguinte, ele admitiu o crime.
Na época, a mãe de Caren, Sonia Maria Brum, desmentiu o namoro dos dois e disse que quando a filha desapareceu, logo pensou em Farenzena.
- Ele pode ter sido uma aventura, mas desde os 13 anos que ela está com Iuri (com quem morava). Eu olhava para ele (Farenzena) e sentia sua maldade. Quando ele ia lá em casa, eu o mandava embora. Pedi para ela se afastar dele, mas ele começou a persegui-lá. Duas vezes por semana, rondava nossa casa de noite - contou Sonia na ocasião.
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Depois de receber alta do IPF, em fevereiro de 2011, a Justiça concedeu liberdade provisória a Farenzena enquanto aguardava audiência sobre a morte de Caren. Em menos de sete meses, ele confessou ter matado o padrasto após uma discussão. Diante do depoimento, a Justiça decretou a prisão temporária de 30 dias para Farenzena. Desde então, ele permanece preso na Penitenciária Regional de Caxias do Sul, na localidade do Apanhador.
O julgamento de Farenzena
Autor confesso de morte de miss em Caxias, Eduardo Farenzena chegou a ser internado em instituto psiquiátrico
O jovem, que será julgado nesta sexta, esteve em 2011 na instituição em Porto Alegre
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