Ministério Público aguarda explicações sobre fechamento dos portões de acesso à Universidade de Caxias do Sul

Na tarde desta terça-feira, o Ministério Público (MP) de Caxias do Sul recebeu a comissão formada pelo vereador Rafael Bueno (PCdoB), Sérgio Campos, presidente da Associação de Moradores (Amob) dos bairros Dom Pedro II e Presidente Vargas, estudantes e comerciantes. A comissão solicitou a intervenção do MP quanto ao fechamento dos portões de acesso de pedestres à Universidade de Caxias do Sul.

Há cerca de 20 dias, os três portões na divisa da instituição com os bairros Petrópolis e Presidente Vargas são fechados às 13h de sábado e abertos somente às 5h30min de segunda-feira. O fechamento, que segundo a universidade foi tomada por segurança e prevenção do patrimônio, impede o acesso dos moradores ao campus para lazer ou para pegar ônibus do transporte coletivo e lotação que passam na cidade universitária.

De acordo com o promotor público Adrio Gelatti, na quinta-feira (9), prefeitura e universidade foram notificados sobre as demandas já presentes em um inquérito aberto pelo MP no dia 3 de outubro. Além da abertura dos portões, a comunidade reclama da colocação de cones e cavaletes em um dos sentidos da Rua Francisco Getúlio Vargas, o que atrapalha o tráfego de veículos, e solicitam a abertura da Rua Augusto dos Anjos, projeto encaminhado pela prefeitura à entidade, mas que não saiu do papel.

- Prefeitura e UCS têm até o dia 20 para nos dar os esclarecimentos solicitados. Antes de decidirmos o que pode ou não ser feito, precisamos saber o tipo de acordo existente entre o poder público e a universidade, quais as condições de funcionamento do transporte público no trecho, entre outros esclarecimentos - explica o promotor.

Para o vereador Rafael Bueno, a UCS perde o caráter comunitário mantendo o fechamento dos portões de acesso à cidade universitária. Ressalta que o campus é usado para diversos fins pela população, como o lazer, a busca por serviços, como ambulatórios, biblioteca e outros:

- A UCS sendo uma instituição comunitária deve estar sempre com as portas abertas para o diálogo com a comunidade.