Na manhã desta sexta-feira, dezenas de pessoas passaram pela Capela A do Memorial São José para se despedir do padre Ênio Tarasconi, 88 anos, que morreu na noite de quinta, vítima de câncer. Devido aos problemas de saúde, o sacerdote estava reservado dos compromissos desde o dia 13 de maio, quando celebrou sua última missa. O padre Cláudio José Pezzoli, 55, estava conduzindo as cerimônias em seu lugar. Convivendo quase que diariamente com padre Ênio, conta que ele teve uma morte serena.
- Ele sabia que a doença era grave e não tinha solução. Começou a se despedir das pessoas que o visitavam com um sorriso. Dizia que Deus tinha sido muito bom para ele e que não tinha nada a pedir, somente a agradecer. Ontem (quinta) de manhã, ele estava em casa e sentiu-se mal. Antes de ir para o hospital, passou a agradecer a todos que o tinha ajudado e cuidado neste período.
Padre Cláudio ressalta que o sacerdote não somente pregava valores como acolhimento, amizade e solidariedade, mas vivia esses valores.
- Ele construiu a igreja e uniu a comunidade. E mais: não só olhou pelo Pio X, mas se preocupou com as comunidades da periferia. Ajudou muito os necessitados e deixou para nós essa missão. Ele não gostava de discursos longos. Era fino, educado e direto. Umas de suas últimas palavras foram "como a fé ajuda a gente a superar a dor e o sofrimento".
O velório de padre Ênio Tarasconi segue até as 14h na Capela A do Memorial São José. Após, a cerimônia será transferida para a paróquia do Pio X, onde ele também será sepultado.
Sepultamento
Velório do padre Ênio comove a comunidade em Caxias do Sul
Corpo está sendo velado na Capela A do Memorial São José
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