A Susepe irá solicitar à Justiça o uso de tornozeleiras eletrônicas pelos presos do regime semiaberto de Bento Gonçalves. Pela manhã, um incêndio destruiu duas das cinco celas da ala do albergue do Presídio Estadual de Bento Gonçalves.
- Esta é uma das possibilidades emergenciais para os presos do semiaberto. Estamos tentando contato com a Vara de Execuções para tratar do assunto em uma reunião. Também precisamos de uma avaliação da área atingida - afirma o delegado regional da Susepe, Roniewerton Pacheco Fernandes.
A Juíza da Vara de Execuções Criminais (VEC) de Bento, Fernanda Ghiringhelli de Azevedo, diz que vai aguardar os laudos do incêndio para decidir sobre quais medidas serão tomadas. Ela, porém, não acredita que o incêndio seja uma forma dos presos forçarem a prisão domiciliar.
- É tudo muito recente, mas os presos que estavam ali ou não têm trabalho ou tem algum benefício suspenso. Os outros já haviam saído para o trabalho.
Atualmente, 33 detentos do regime semiaberto de Bento já usam tornozeleiras. O Presídio Estadual de Bento Gonçalves tem capacidade para 158 detentos entre os regimes fechado e semiaberto. Nesta segunda, 83 estavam no semiaberto (sendo que 30 não tem direito a saídas) e 103 no fechado.
Em 8 de maio deste ano, uma rebelião na unidade prisional destruiu duas das 11 celas. A Justiça havia interditado o presídio, que não poderia mais receber novos presos. Depois do incidente, o albergue foi a única ala do presídio desinterditada.