A polícia vai solicitar perícia no carro do suspeito de ter matado duas mulheres cujos corpos foram encontrados na Represa do Maestra, em Caxias, bem como amostras do DNA do suspeito para comparação com resultados da necropsia, que ele tem direito de se negar a fornecer. Nesta tarde, ele terá seu depoimento colhido.
Na terça, o suspeito do assassinado de Rosangela Consoli dos Santos Alves e Vanessa Gobetti Jiordani foi preso na cidade de Francisco Beltrão, no Paraná. Na quart, foi trazido a Caxias do Sul.
O delegado Rodrigo Kegler Duarte não revela todos os detalhes da investigação, mas alega não ter dúvidas quanto a autoria dos assassinatos pelo suspeito.
O jovem foi reconhecido por testemunhas como a última pessoa a estar com as vítimas. Era frequentador assíduo das casas noturnas onde as encontrou e era visto normalmente sozinho.
Das vítimas, a primeira a ser morta foi Rosangela, na madrugada de 26 de julho. Vanessa foi morta dois dias depois. Aos amigos, teria dito que sairia para comer um lanche. Nem a bolsa levou. O modo operante do assassino é o mesmo: depois de mortas, as vítimas foram jogadas nas águas da represa em um local próximo.
A necropsia das vítimas revelou sinais de agressão e uma fratura acima da testa feita com um objeto contundente, como uma pedra. As peças das vestimentas de baixo, abaixadas, são um indício de violência sexual.
A polícia ainda irá apurar se o suspeito tem relação com um outro corpo de mulher encontrada entre arbustos e à beira da água do Maestra, em fevereiro, que ainda não foi identificada. Ela tem pela branca, 1,70m de altura e cabelos castanhos longos. A necropsia apontou morte acidental por afogamento, porém, devido ao estado de decomposição, é possível que sinais de agressões não tenham sido identificados pela perícia.
Morando em Caxias do Sul há sete anos, o suspeito tem relacionamento estável com uma mulher e é pai de uma criança. No Paraná, o suspeito estava escondido na casa de amigos e familiares. A ação contou com o serviço de inteligência da Delegacia de Homicídios e Brigada Militar de Caxias, e polícia civil do Paraná.
No dia 18 de agosto, a polícia divulgou as imagens da última vez em que Rosangela, 45 anos, foi vista com vida em Caxias do Sul, dia 26 de julho, na saída de uma casa noturna, acompanhada de um homem.
No vídeo, ela aparece saindo por volta das 2 horas da madrugada do dia 26 de julho, sábado, da casa noturna Fogo de Chão. A mulher estava acompanhada de um homem.