A repentina queda nos termômetros pegou de surpresa os ganeses abrigados no salão de jogos no ginásio do Seminário Diocesano Nossa Senhora Aparecida. Em Gana, país de origem dos migrantes, a temperatura média é de 28º C. O seminário possui 150 cobertores, mas com a perspectiva de frio no sábado e domingo o reitor do Santuário, padre Edmundo José Marcon, pediu auxílio à prefeitura logo no início da semana.
A Fundação de Assistência Social (FAS) encaminhou, na tarde de sexta-feira, colchões, cobertores, peças de vestuário masculino, além de materiais para a higiene pessoal. Mas, de acordo com Marlês Andreazza, presidente da FAS, é preciso arrecadar mais doações pois, diferentemente de quem vive na cidade, os ganeses não estão acostumados com as baixas temperaturas:
- Enviamos cerca de 50 pares de meia e 40 toalhas. Mas eles são mais de 100. Além disso, eles sentem mais frio que a gente. Por isso pedimos, quem tiver cobertores, roupas masculinas tamanhos M e G e, principalmente, jaquetas, que ajudem os migrantes. A FAS busca qualquer tipo de doação e encaminha para o seminário - ressalta.
Ainda na sexta, duas assessoras da Secretaria do Trabalho e do Desenvolvimento Social do Estado estiveram em Caxias para averiguar a situação dos ganeses a pedido do secretário Edson Borba. De acordo com Karina Weiss, a situação que encontraram aqui é pior do que se imaginava.
- Verificamos que a situação deles está aquém do que as pessoas devem receber. Estamos preocupados com o local em que estão abrigados. Eles estão praticamente amontoados e, até chegarmos, não tinham recebido auxílio médico. O problema não são os ganeses. É a situação. É um problema que exige uma intervenção coletiva.
Solidariedade
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