Desde 1º de abril, a Secretaria Municipal de Saúde e o Hospital Pompéia realizam um mutirão para zerar a fila de cirurgias de traumato-ortopedia. A meta é eliminar a espera - para alguns desde 2009 - até o fim do ano.
A partir do remanejamento do hospital, que ofertou uma sala exclusiva para o procedimento e também assumiu as cirurgias pediátricas, que antes eram realizadas pelo Hospital Fátima, a prefeitura renegociou o repasse para instituição.
- Com o espaço físico disponibilizado pelo Pompéia, se conseguiu organizar o grupo de ortopedistas para aumentar o número de cirurgias. Esse número foi programado para atender a demanda reprimida até o final do ano. As de 2014 estão sendo geradas - explicou a secretária de Saúde, Dilma Tessari.
As cirurgias na área de traumato-ortopedia figuram entre um dos maiores gargalos do SUS em Caxias. Entre as subespecialidades da trauma-ortopedia (pé, mão, ombro, joelho, quadril, coluna, pediátrica), a cirurgia do joelho é a que costuma ter espera mais longa.
- O hospital ficou muito tempo sem cirurgião que trabalhasse especificamente com pé, surgiu uma demanda. Mão é uma situação complexa e tem poucos especialistas. Além de tudo, a gente arrasta uma herança significa de exames, consultas e cirurgias. A gente tem que dar conta de tudo isso.
Para chegar aos pacientes que ainda tinham demandas a tratar, um auditor da Secretaria reviu a lista de espera. Algumas pessoas já tinham concluído o tratamento por conta própria, outras nem precisavam mais.
- Quando começamos esse processo, resgatando a demanda reprimida desde 2009, se pegou todos os laudos cirúrgicos emitidos e que ainda não tinham realizado cirurgia, e começamos a contatar os pacientes. Cerca de 30% já tinham feito, não queriam mais ou mudaram de cidade. Essa relação foi computada até o fim de abril - detalhou a diretora do Departamento de Avaliação, Controle, Regulação e Auditoria (Dacra), Salete Dachery.
Desde 2009, 2.917 pessoas aguardavam por essa cirurgia em Caxias. Com a revisão feita pela Secretaria, que constatou que muitos pacientes já haviam morrido, feito a cirurgia por outros meios ou não necessitavam mais, o número caiu para 1.584. Essas pessoas deverão ser atendidas em 2014.