A juíza Fernanda Ghiringhelli de Azevedo, da Vara de Execuções Criminais (VEC) de Bento Gonçalves, decidiu pela desinterdição do albergue anexo ao Presídio Estadual de Bento. A decisão é da última quarta-feira.
Após o motim, no dia 8 deste mês, o laudo do Corpo de Bombeiros apontou que duas das 11 celas correm o risco de desabar. No dia seguinte, a justiça interditou totalmente o presídio e determinou que todos os presos fossem transferidos. Porém, não estipulou um prazo. O presídio fica no centro de Bento.
Os apenados do regime semiaberto do albergue foram liberados do pernoite pela VEC até o dia 12. Depois voltaram a passar a noite na unidade prisional. Porém, com a interdição do albergue, presos do regime fechado que progrediam para o semiaberto não podiam ficar em Bento. Agora, os detentos podem ficar na cidade. Os apenados do regime aberto são monitorados por tornozeleiras eletrônicas. Atualmente, 62 presos estão recolhidos no albergue.
Como laudos periciais apontaram que o pavilhão do albergue não sofreu danos na parte hidráulica e elétrica, a justiça decidiu pela desinterdição.
As próximas medidas da Susepe serão solicitar à Justiça a desinterdição das nove celas que não correm risco de desabar. Após a reforma das celas 10 e 11, interditadas pelos Bombeiros, o pedido será pela liberação total.