Baratas se tornaram vizinhas inconvenientes no entorno do prédio onde funcionava o Habib's, restaurante que fechou as portas em setembro de 2013. Desde então, comerciantes e moradores do entorno da esquina das ruas Sinimbu e Coronel Flores têm reclamado da presença constante desses insetos pestilentos, que podem trazer risco à saúde. Há pouco tempo, somavam-se às baratas alguns moradores de rua e usuários de drogas, que defecavam e urinavam no pátio do prédio. Eles foram embora depois que o atual locatário contratou vigias noturnos. Mas as baratas ficaram.
Na manhã desta segunda-feira, a reportagem do Pioneiro constatou várias baratas mortas no interior do estabelecimento. Elas podem ser vistas por qualquer transeunte que esticar o olho pelas vidraças que ladeiam as ruas Sinimbu ou Coronel Flores. À noite é a vez das vivas aparecerem, e aí quem nota é quem mora ou trabalha por ali.
- São baratas grandes, criadas, que sobem até o quarto andar - detalha o empresário Máximo Kraemer, proprietário do prédio ao lado.
Ele destaca que a situação só piora desde que o Habib's fechou. À época, o Pioneiro publicou nota, dizendo que o restaurante colecionava reclamações quanto ao atendimento e à higiene.
- Acredito que havia dedetizações frequentes quando o restaurante estava em funcionamento. Mas desde que fechou, as baratas tomaram conta.
A administradora e professora de inglês Cláudia Muraro Tonon diz que a escola de idiomas onde leciona precisou ser dedetizada duas vezes em pouco mais de seis meses.
- É extremamente desagradável quando, durante uma aula, surge uma barata na parede. É preciso que alguém tome providências o quanto antes, não é possível continuar assim. É um problema de saúde pública - desabafa.
Na semana passada, uma equipe da Secretaria Municipal da Saúde constatou, além da presença de baratas, lixo ao redor do prédio.
- Imediatamente contatamos os locatários do prédio, que por sua vez dizem ter contratado uma empresa de dedetização para realizar os serviços no local a partir de segunda-feira (ontem) - relata o gerente de Vigilância Ambiental em Saúde, Julinho Santini.
Até o final da tarde de ontem, porém, nenhum serviço de higienização havia sido feito.
- A empresa contratada não tinha condições de começar antes. Os serviços devem começar hoje (terça). Estamos cientes do problema, que deve estar totalmente solucionado em dois meses - diz o arquiteto Geraldo Ferreira Ocampos, contratado pela atual locatária do prédio, empresa do ramo alimentício cujo nome ele prefere não revelar por enquanto.
De acordo com Ocampos, o local será limpo e reformado nas próximas semanas para dar lugar a uma "trattoria", casa de massas e comidas caseiras.
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