Perícia encontra vestígios de sangue na casa onde bebê morreu, em Farroupilha

Agentes de Instituto Geral de Perícias (IGP) encontraram vestígios de sangue na casa onde um bebê de dois meses morreu no dia 21 de dezembro em Farroupilha. As marcas estavam em um colchão e em uma manta, normalmente usados pela criança.

As provas foram encontradas após denúncias recebidas pela Polícia Civil e por meio da aplicação de luminol, na noite da última segunda-feira.

- O luminol reagiu para uma substância que pode ser sangue, mas ainda não temos a confirmação 100% do laboratório - afirma o delegado Thiago Vicentini, que investiga o caso.

De acordo com Vicentini, no entanto, depoimentos de outras testemunhas, entre elas o avô da criança, levam a crer que o material se trata realmente de sangue.

- Ele disse que o sangue é do bebê e outra testemunha disse que esteve no local no dia seguinte e o avô teria dito "olha o que fizeram, tem muito sangue" - revela o delegado.

Em um primeiro depoimento, o avô havia omitido a hipótese de haver sangue na residência. A casa estava isolada porque a mãe deixou de morar no imóvel após o crime e outros dois filhos do casal, de seis e oito anos, foram encaminhados a outra família.

Quarta-feira, Vincentini ouviu o pai da criança e principal suspeito do crime. O homem, preso em Arroio do Sal na noite de sexta-feira, negou ter matado e disse que não foi ao velório da criança por não saber onde seria.

- Ele afirmou que a criança se engasgou, mas confrontamos ele com a causa da morte (traumatismo craniano), e ele não nos deu outra versão. Trabalho mais com a hipótese de homicídio doloso, porque se ele derrubou acidentalmente, por que fugiu? - destaca Vincentini.

A mãe da criança também é investigada por obstrução de investigação, já que o suspeito teria dito que ela sabia o paradeiro dele, enquanto ela negava. Segundo o delegado, a mulher também subtraiu os dois filhos da família que detinha a guarda após a morte do bebê. As crianças já foram localizadas e devolvidas aos responsáveis.