A família Schwantes está na cidade Fargo, na Dakota do Norte, um dos estados norte-americanos que registram as menores temperaturas na maior onda de frio dos últimos 18 anos no Hemisfério Norte. Eles chegaram nos Estados Unidos no dia 1°.
A caçula da família, Gabriela, 18 anos, começara a cursar Pre-Medicine na North Dakota State University. Os pais Gilmar e Neda acompanham Gabriela até o dia 13, quando voltam a Caxias do Sul. A irmã Carolina, 20, retorna das férias direto para Rio Grande, onde cursa o segundo semestre de medicina na Furg.
Por e-mail, Gabriela conversou com o Pioneiro e relatou a situação climática encontrada em Fargo, onde os termômetros literalmente congelaram.
Pioneiro: Como é a sensação de frio nos Estados Unidos?
Gabriela Schwantes: É indescritível. É tão frio que não se pode ficar ao ar livre por mais de alguns minutos, mesmo com roupas próprias para a neve. Diferente do inverno no Brasil, que na pior das hipóteses nos faz sentir aquele arrepio nas costas, o frio daqui é literalmente insuportável porque pode causar prejuízos ao nosso corpo se ficarmos expostos por muito tempo. Dá para perceber isso pela ausência de pessoas caminhando na rua.
Pioneiro: Já havia encarado frio semelhante antes?
Gabriela: Eu e minha família já havíamos viajado para a Patagonia, mas ficamos surpreendidos com o clima daqui, que não tem comparação. Dá pra imaginar um frio de -27°C com sensação térmica de -42°C?
Pioneiro: Tem alguma cena curiosa, algum episódio engraçado que vocês passaram com a neve?
Gabriela: Fora os escorregões e meias molhadas por causa da neve, muitas coisas estranhas acontecem por aqui. Deixamos uma garrafinha de água dentro do carro para darmos uma volta pelo shopping. Quando voltamos, a água estava congelada! Aqui, as pessoas deixam o motor do carro ligado enquanto vão às compras e todos os ambientes têm calefação. Inclusive as paradas de ônibus! Apesar do frio, a cidade é maravilhosa e as pessoas são sempre alegres e receptivas. O frio não impede que as pessoas exalem calor humano!