Um homem está acorrentado desde as 9h desta quinta-feira em frente à empresa Unesul, na rodoviária de Caxias do Sul. Claudimar Minetto, 45 anos, está protestando porque a empresa de transportes não permitiu que o aposentado viajasse para Lagoa Vermelha com o filho de oito anos, já que ele teria esquecido a certidão de nascimento da criança. Sem documento de identidade do filho, não é permitido que ambos sigam viagem. A passagem estava programada para o início da quarta-feira. A empresa não devolveu os R$ 79 que o homem teria gasto com as duas passagens e nem ofereceu troca de data ou horário para a viagem.
Claudimar, aposentado há cinco anos por invalidez, viajaria para Lagoa Vermelha para visitar o pai que está hospitalizado. Desde a manhã da quarta-feira, ele procurou o Procon e o Fórum, que teriam explicado que não é possível resolver essa situação no mesmo dia.
O aposentado pretende ficar acorrentado até que tiver forças para aguentar a situação. A Brigada Militar e representantes da Unesul conversaram com Claudimar, que recusa ajuda. Segundo policiais da BM, já que o aposentado não está praticando nenhum crime, eles não podem retirá-lo da rodoviária contra a vontade dele.
Viviane Ribeiro Schwantz, encarregada da Unesul, afirma que a empresa permitiu que o aposentado viajasse durante esta quinta-feira com o filho, sem pagar nova passagem, com o bilhete do dia anterior. No entanto, ele não aceita a ajuda.
- Agora eu quero meus direitos humanos, uma indenização por danos morais - afirma o aposentado.
Segundo Viviane, por lei, todo bilhete de passagem de transporte coletivo rodoviário estadual pode ser revalidado para outro dia e horário desde que o usuário se manifeste com três horas de antecedência. O mesmo vale para o devolução do dinheiro da passagem, ainda que com o desconto de 5% do valor pago.
