Com a confirmação de que o Sistema Marrecas só vai operar em 2014, moradores dos bairros e loteamentos da Zona Oeste de Caxias do Sul vão conviver com a incerteza no abastecimento de água por mais alguns meses.
Essas comunidades não receberão água da represa Marrecas, mas sim do Faxinal. Segundo o diretor-presidente do Samae, Edio Elói Frizzo, a partir do funcionamento do sistema instalado em Vila Seca, o Faxinal será desviado para atender outros recantos de Caxias do Sul.
Mais de 100 famílias do Vila Amélia II, por exemplo, podem ser beneficiadas com a mudança. Ali, a falta de água é recorrente há anos. A dona de casa Ana Cristina Lopes, 23 anos, diz que é comum ficar quatro ou cinco dias sem abastecimento.
Nesse período, ela e familiares se obrigam a dividir 500 litros de água de um reservatório ligado a quatro moradias. Quando a água da caixa termina, a saída é apelar para vizinhos. Caso da Glória dos Santos, 63, que já se acostumou a encher baldes e garrafas pet para moradias próximas.
- Graças a Deus raramente ficamos sem água porque temos um reservatório grande e moramos apenas em três pessoas. Quando dá, ajudamos - conta Glória.
A melhoria, porém, não depende apenas da inauguração do Marrecas. O município ainda precisa concluir a expansão de 45 quilômetros de rede de distribuição nas zonas Leste, Oeste, Sul e na região de Ana Rech. Até o momento, cerca de 27 quilômetros de canos e adutoras foram implantados.
O Sistema Marrecas entrará em período de testes a partir de janeiro. Somente após os ajustes é que a água represada desde setembro de 2012 será distribuída à população.
Abastecimento
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