O médico Irajá Heckmann, 52 anos, e a professora universitária Marília Patta Ramos, 44, decidiram trazer à região uma forma de demonstrar amor que vem se difundindo pela Europa: em cada cidade que visita, o casal espalha cadeados com o nome dos dois em grades, postes, telas de proteção e corrimões de áreas públicas . A prática é comum em várias cidades europeias, principalmente Paris, onde os dois visitaram a Pont des Arts, sobre o Rio Sena, em fevereiro.
Juntos há um ano, eles consideram a prática uma forma de estimular declarações afetivas. Na semana passada, afixaram os cadeados pela Serra, durante visitas às praças centrais de Farroupilha, Flores da Cunha, Antônio Prado e Veranópolis, além do Parque dos Macaquinhos, em Caxias. Ao todo, mais de 20 lugares no Rio Grande do Sul receberam os cadeados.
- Voltando de Paris, decidimos trazer para o Estado a ideia. O gaúcho tem a tradição de exaltar os guerreiros, manifestar o gosto pelo futebol e pela política, mas pouco pelo afeto por alguém - avalia Heckmann.
No entanto, a iniciativa nem sempre é bem recebida. O primeiro local que recebeu as intervenções, a Praça da Alfândega, em Porto Alegre, amanheceu sem os objetos após um mês. Em Cachoeira do Sul, o casal foi alvo de críticas por depredação do patrimônio publico. Mas os namorados não querem abandonar a causa.
- Vamos continuar, porque acreditamos que, com mais declarações de amor, o mundo será melhor - finaliza Irajá.
Leia amanhã na edição impressa do Pioneiro a polêmica que os cadeados estão gerando na ponte parisiense Pont des Arts.
União metálica
Casal porto-alegrense espalhou cadeados por cidades da Serra, seguindo febre em ponte de Paris
O médico Irajá Heckmann, 52 anos, e a professora universitária Marília Patta Ramos, 44, consideram a prática uma forma de estimular declarações de amor
GZH faz parte do The Trust Project