Desde quarta-feira, duas escolas ocupam o mesmo prédio no distrito de Criúva, em Caxias do Sul. Em razão da interdição da Escola Municipal Aristides Rech, os 44 alunos da educação infantil ao 5º ano foram transferidos provisoriamente para a vizinha Escola Estadual de Ensino Médio João Pilati, localizada a três quilômetros de distância.
Os problemas na Aristides Rech foram constatados em março, com a interdição da cozinha. Dois botijões de gás estavam armazenados irregularmente no banheiro masculino. Na terça, quando os bombeiros fariam uma vistoria na cozinha, para liberá-la ao uso, interditaram o prédio inteiro. O problema desta vez foi a fiação elétrica. Havia fios remendados na secretaria do colégio com fita isolante. O risco é de incêndio.
Com 157 estudantes e seis salas de aula, a Escola Estadual de Ensino Médio João Pilati se adaptou para acomodar os visitantes. Duas turmas tiveram que ser remanejadas para o conforto dos pequenos. Estudantes do 1º ano do ensino médio ocupam agora temporariamente o laboratório de ciências. Para o diretor Evaldo Prux de Castilhos, era mais viável transferir os adolescentes do que colocar os pequenos do colégio vizinho no espaço. As mesas e os bancos altos, sem encosto, poderiam provocar acidentes. No laboratório de informática, está o 2º ano do ensino médio.
- Está tudo bem. A gente está aí para ajudar. A finalidade é a mesma, a educação. Quando chega bastante gente na nossa casa, temos que acomodar - disse o diretor.
De acordo com a secretária da Educação do município, Marléa Ramos Alves, a licitação para a reforma da rede elétrica deve sair no máximo no dia 27. O prazo previsto para o retorno dos alunos para o prédio da Aristides Rech é de 45 a 60 dias. Até lá, o transporte escolar levará as crianças para a João Pilati.