Um município de 2,5 mil habitantes da serra gaúcha foi sacudido por um ataque de uma quadrilha fortemente armada nesta quinta-feira. Durante a tarde, os moradores de Fagundes Varela passaram por momentos de apreensão, e cerca de 15 deles viraram escudo de bandidos que assaltaram uma agência bancária localizada no centro da cidade.
De acordo com a Brigada Militar (BM), a ofensiva dos criminosos teve início por volta das 14h30min, quando sete criminosos chegaram nas proximidades da única agência do Banco do Brasil do município. Com armas pesadas, como fuzis, os ladrões entraram primeiro em um mercado ao lado do banco e fizerem reféns funcionários e clientes que estava no local.
Os reféns foram obrigadas a formar um cordão de isolamento, por cerca de 10 minutos, para impedir a aproximação da polícia. Ordenados pelos bandidos, os homens tiveram de tirar as camisas. Uma pessoa que estava na rua no momento do ataque levou uma coronhada na cabeça e ficou ferida.
Para impedir a movimentação em frente ao banco, os assaltantes atiraram nos pneus de um carro que passava pela rua e deram tiros para o alto. Dois veículos foram atravessados na via para bloquear o trânsito e um deles foi incendiado.
Quando a quadrilha entrou na agência do Banco do Brasil, havia cerca de 20 pessoas no estabelecimento, e o gerente foi obrigado a entregar o dinheiro que estava no cofre central. Segundo a Brigada Militar, a quantia levada não foi informada pelo banco.
Rápida, a ação dos bandidos teria durado poucos minutos. Para a fuga, a quadrilha usou um Honda Fit preto e um Astra branco, que foram encontrados a cerca de cinco quilômetros do banco, em uma estrada vicinal na linha Barão do Triunfo. Os veículos foram abandonados e os bandidos teriam entrado em um automóvel Jac Motors J6, quando trocaram tiros com uma guarnição e conseguiram fugir. Até as 21h, a BM fazia buscas na região, mas ninguém tinha sido preso.
O Estado enfrentou uma surto desse tipo de assalto - em plena luz do dia e com uso de reféns - na segunda metade da década passada - em geral, com cidades de pequeno porte como alvo dos criminosos. A redução do crime a partir de 2010 teria ocorrido em razão da prisão e da morte de bandidos em confronto. Nos dois últimos anos, tornaram-se mais comuns os ataques com explosivos a caixa eletrônicos e agências de pequenos municípios, durante a madrugada, geralmente sem que os criminosos façam reféns. Somente em 2012, foram registradas cerca de 20 ataques com explosivos no Estado.