Sob a chuva forte que não deu trégua neste domingo, cerca de 300 pessoas se reuniram na Avenida Bruno Segalla (Perimetral Sul), próximo à rótula com a Avenida São Leopoldo, para protestar contra a violência no trânsito. O ato foi organizado por familiares e amigos de Wesley da Silva Godinho, oito anos, no ponto exato onde, há duas semanas, o menino foi atropelado e morto por um motorista alcoolizado.
- Trazer ele de volta, que é o que a gente mais gostaria, não é possível. Então, o que queremos é justiça. Esse cara não só tirou a vida de uma criança, ele acabou com uma família inteira. O que resta agora para nós é dor e revolta - lamenta a avó do garoto, Eleuza Reis Godinho.
Encharcado pela chuva e também pelas lágrimas, Jonas Reis Godinho, pai de Wesley, estava inconsolável:
- Isso não pode ser encarado como um acidente. A partir do momento em que uma pessoa bebe e depois sai para dirigir, ela assume um risco de matar. O que ocorreu foi um crime.
Os manifestantes chegaram a parar o tráfego na avenida por alguns minutos. A maioria dos motoristas que passava pelo local incentivava os manifestantes.
Segurando um cartaz com as frases "Eleições 2012. Voto pela vida. Lele não volta e os candidatos se importam?", o avô de Wesley, Luiz Ademar Palhano Godinho, fazia também outra reivindicação:
_ É necessário que coloquem um semáforo nessa rua (no entroncamento da perimetral com a Avenida Salgado Filho). Sempre tem algum acidente por aqui. Hoje foi meu neto, mas amanhã pode ser outro.