Por onde ele passa atrai os olhares em Caxias do Sul. Nenê é a grande referência técnica do time do Juventude desde a temporada passada. O jogador chegou a ser considerado, por alguns torcedores, como a maior contratação da história do clube. A sua presença é notada em todos os lugares e sua ausência mais ainda.
Nenê não viajou com a delegação alviverde para o Rio de Janeiro. Ele é desfalque para enfrentar o Vasco, no sábado (5), às 21h, no Estádio São Januário. Seria o retorno do atleta ao local onde também é ídolo.
Nenê virou desfalque da equipe na última segunda-feira após o treino, mas só na quarta a informação foi confirmada pelo departamento de futebol do clube. A sua ausência gerou muitas perguntas no torcedor, principalmente envolvendo o ambiente do vestiário jaconero para a reta final do Brasileirão. Faltam 10 jogos para o time confirmar sua permanência na Série A.
OS MOTIVOS DA AUSÊNCIA
Dois dias antes da viagem da delegação, uma ausência era percebida nos vídeos divulgados pelo clube nas suas redes sociais — já que os treinamentos são fechados à imprensa. Nenê não aparecia treinando. Conforme apurou o Pioneiro/GZH, Nenê se apresentou na segunda-feira, após o empate em 1 a 1 com o Bragantino, no domingo.
Depois da atividade, o atleta teve uma conversa com um integrante do departamento de futebol. Após o diálogo, o Juventude decidiu dar alguns dias a mais de folga para o camisa 10 do time. Ele deverá se reapresentar somente na quarta-feira (9) com todo o elenco.
Nenê estaria com um problema dentário e também questões particulares para resolver. Como depois do jogo no Rio de Janeiro o elenco alviverde terá folga estendida, o clube preferiu dar este momento para o meia-atacante resolver tudo e voltar 100% para a reta final do Brasileirão.
Não é a primeira vez que Nenê ganha alguns dias de folga. Ainda no tempo do técnico Roger Machado, ele também teve um período fora dos treinos para tratar de questões pessoais.
POSSÍVEL DESCONTENTAMENTO
Nenê tem 30 jogos na temporada com a camisa do Juventude. No empate com o Bragantino, chamou a atenção o fato dele ser o escolhido para ser substituído no vestiário, quando o jogo ainda estava 0 a 0. Além dele, saiu o volante Oyama. Entraram Marcelinho e Mandaca. Neste ano, Nenê ainda não havia sido sacado de uma partida, no Jaconi, no intervalo.
O fato teria gerado descontentamento do atleta no vestiário, mas algo tratado como normal por quem gere um grupo com mais de 30 atletas e suas diferentes personalidades. Inclusive, na vitória contra o Corinthians, no jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil, o grupo se cobrou fortemente por ter tomado o gol no fim, na partida no Jaconi. Contudo, na época, a informação foi ofuscada pela vitória por 2 a 1.
A mesma cobrança mais intensa entre atletas e comissão técnica ocorreu no jogo de volta, no Itaquerão, após a eliminação nas quartas de final, com derrota por 3 a 1, no último lance.