O Juventude tem uma identidade em campo. O time se encontrou neste Brasileirão com a formação de três atacantes, mas não significa que a equipe seja ofensiva e deixe de lado a marcação. Muito pelo contrário, os extremas também ajudam bastante na recomposição.
O técnico Jair Ventura também já usou na Série A três zagueiros, três volantes e dois atacantes. Antes de enfrentar o Palmeiras, domingo (20), às 20h, no Jaconi, o técnico afirmou não se apegar a um esquema.
— Eu não me apego a sistema, eu me apego a modelo de jogo, uma ideia de jogo, independente dos números. Por vezes, a gente ataca num sistema, defende com outro, nós temos variações dentro do jogo. Eu fui dez anos auxiliar e eu tive diversos grandes treinadores com quem trabalhei e aprendi bastante; já tive treinadores que não abriam mão do sistema. Eu já joguei com dois noves que estavam no bom momento, como eu já joguei com três zagueiros, se estiverem num bom momento, mas vai depender dos jogadores — declarou o treinador do Juventude.
Pela ausência do centroavante Gilberto, o time pode ter mudanças na formatação. O substituto natural seria Ronie Carrillo, único centroavante reserva, mas ainda não convenceu. Jair Ventura deixou a dúvida de quem começa com a camisa 9.
— São similares, são dois noves, o Gilberto é o cara mais experiente, faz mais o facão do que o Ronie, mas os dois tem presença de área, de boa finalização. Então, muda muito pouco caso o treinador venha a optar aí pelo Ronie, mas a gente tem outros jogadores também que podem fazer essa função. É uma dúvida que a gente deixa — analisou.
AS ALTERNATIVAS
São três possibilidade de escalações do Juventude. A manutenção do modelo atual é uma, com três atacantes e Ronie entrando no time na função centralizada. Assim, Nenê seguiria no setor de criação. Jean Carlos também é uma opção após se recuperar de lesão.
— Desde que nós chegamos, a grande maioria foi com três atacantes, porque nós temos bastante opções de atacantes de lado. É uma situação boa, nós temos bastante variações. Eu acredito em potencializar as características de todos os jogadores e assim buscarmos a equipe ideal — explicou Jair Ventura.
A segunda é fazer um ataque mais móvel, assim como foi contra o Fluminense, no jogo de volta, da classificação às quartas da Copa do Brasil. Desta forma, o ataque teria Edson Carioca, Erick Farias e Lucas Barbosa. O meio campo mudaria com um atleta de mais marcação e criação, com Mandaca no lugar de Nenê.
A terceira via é aproveitar a ausência de Gilberto e colocar um quarto homem de meio-campo, como Mandaca, que também marca e pisa na área. Assim, Nenê pode fazer a função de falso 9, com Erick Farias e Lucas Barbosa de extremas.
— São jogadores importantes para a gente, tem o Mandaca também, fez um grande jogo com Vasco, fez o gol contra a equipe do Bragantino. Quanto mais, melhor para a vida do treinador, mais opções — finalizou.
ESQUEMAS
ATAQUE MÓVEL
Gabriel; João Lucas, Boza, Zé Marcos e Alan Ruschel; Ronaldo, Jadson e Nenê (Mandaca); Edson Carioca, Erick Farias e Lucas Barbosa
MANUTENÇÃO DO MODELO
Gabriel; João Lucas, Boza, Zé Marcos e Alan Ruschel; Ronaldo, Jadson e Nenê; Erick Farias, Ronie Carrillo e Lucas Barbosa
MEIO REFORÇADO
Gabriel; João Lucas, Boza, Zé Marcos e Alan Ruschel; Ronaldo, Jadson, Mandaca e Nenê; Erick Farias e Lucas Barbosa