O caso Yuri Ferraz ainda está longe de ter uma conclusão. O presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Luís Otávio Teixeira Veríssimo autorizou a abertura de um inquérito para ouvir as partes envolvidas e definir se haverá uma denúncia ou se irá arquivar o caso.
E nesta quarta-feira (11), o presidente do Caxias, Mario Werlang, juntamente com o departamento jurídico do clube, o vice de futebol Paulo Cesar Santos e o presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Luciano Hocsman, viajam até o Rio de Janeiro. O mandatário grená comparecerá ao STJD na quinta-feira (12), afim de prestar depoimento e esclarecimentos em torno da contratação do atleta junto ao ABC. A visita se estenderá também à sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
— Temos uma reunião marcada com o presidente do STJD e o Procurador-Geral, onde o Caxias vai ter a oportunidade de expor as suas razões, no caso Yuri Ferraz. Vamos levar documentos, vamos levar um relatório de tudo o que aconteceu, desde o primeiro contato até a contratação do Yuri, e então, vamos ter oportunidade de, dentro do inquérito, nos defendermos e esclarecer os fatos — apontou Mario Werlang.
O Sampaio Corrêa, rebaixado matematicamente à Série D, alega que Yuri Ferraz teria realizado no time de Natal-RN mais do que as três partidas permitidas pelo regulamento.
Isso poderia causar uma punição ao Caxias, que utilizou o atleta na Terceira Divisão Nacional em nove jogos. A pena máxima seria a perda de três pontos por partida em que o lateral esteve em campo pelo grená. Sendo assim, o clube poderia perder 27 pontos e ser automaticamente rebaixado, uma vez que somou apenas 21 ao longo de 19 rodadas.
Pelas súmulas da CBF quando esteve no ABC, o lateral-direito enfrentou Ferroviário, Londrina e Ferroviária. Mas Yuri participou da partida contra o Athletic-MG, em 5 de maio, e isso configuraria o quarto jogo. Porém, o documento da partida mostra que quem entrou foi o atleta Ruan. Com isso, houve um erro da arbitragem. E é nisso que o Caxias aposta para que o inquérito seja arquivado.
— Eu acho que esse esclarecimento deve ser o suficiente para que o processo seja arquivado, porque o Caxias está dentro da razão, fez o que a lei pede. O Caxias cumpriu todas as regras do regimento da série C, então por isso acreditamos que esclarecendo todos os fatos, devemos encerrar esse assunto — finalizou Werlang.