A Divisão de Acesso 2024 não será retomada antes do dia 26 de maio. O Esportivo e os clubes seguem no aguardo de melhorias nas cidades do Rio Grande do Sul, após as enchentes das últimas semanas. Se no dia 26 não houver condições de retomada, uma nova reunião com os representantes dos clubes será convocada para definir o futuro da competição. A data limite para o recomeço, sem gerar mais prejuízos para os clubes é no dia 2 de junho.
Caso passe dessa data, a competição precisará ser esticada. Com isso, os precisariam renegociar contratos e pagar uma folha a mais que não estava prevista no orçamento.
— Eu estive nesta reunião, onde decidimos em conjunto com os demais presidentes dos clubes sobre um possível retorno no dia 26, como sendo uma primeira data. E não conseguindo no dia 26, para o dia 2, que é o próximo final de semana. Isso depende, obviamente, de rodovias, para que todos pudessem circular e também de efetivo de ambulância e polícia militar — comentou Douglas Tedesco, presidente do Esportivo, em entrevista ao programa Show dos Esportes, na Rádio Gaúcha Serra, e completou:
— O campeonato tem que retornar (em algum momento) por questões trabalhistas e pelos contratos dos atletas. Somos obrigados a desenvolver a competição. O que acontece é que alguns clubes, onde teriam distâncias de 100 km vão fazer 300 km, vão fazer voltas maiores para chegarem aos seus destinos. Mas a ideia é que o campeonato retorne, a gente tem que cumprir, tem que ter um contrato. Dentro do previsto, vamos manter as mesmas datas, ou seja, o calendário, a série A2 termina na mesma data prevista anteriormente. Obviamente os clubes vão jogar de quarta e domingo, quarta e domingo até o final, sem descanso, mesmo começando a competição no dia 2, então se iniciar dia 26 a gente tem uma semaninha ainda de margem.
Se a Divisão de Acesso for prorrogada, gera-se um problema financeiro e até de questão trabalhista por conta de contratos. Além disso, os clubes também pedem auxilio da CBF.
— O clube vai sofrer de uma forma, ou seja, alguns atletas tem questões de renovações de contrato, alguns estão por empréstimo e tem que retornar para outros clubes, os mesmos podem não querer renovar por ter recebido propostas de fora, então são vários os fatores. Fora toda uma segunda folha de pagamento. A gente espera que quem sabe a CBF consiga de alguma forma auxiliar os clubes do Rio Grande do Sul — analisou o presidente.
TREINAMENTOS
Por conta do alto volume de chuva que caiu no Rio Grande do Sul, os clubes encontram dificuldades de campos para treinar. O Esportivo realizou atividades em gramados sintéticos e na academia nas últimas semanas.
— Sim, muita dificuldade de campo, nós também pensamos em como é que nós poderíamos, quem sabe, estar aí ajudando a dupla Gre-Nal, fornecendo algum espaço de estrutura ou com hotelaria da cidade, já que a gente acaba perdendo do turismo, mas a gente não consegue nem ter campo para nós aqui do Esportivo, estamos sem gramado, tudo com muita água, tudo muito encharcado ainda, estamos ainda fazendo locação de campo sintético, trabalhando muito em academias, então o treinamento de futebol mesmo ele ainda está muito precário —finalizou.