O jogo das quartas de final do Gauchão entre Caxias x São José registrou um caso de racismo por parte de um torcedor grená. A Brigada Militar fez a detenção do homem em flagrante, com o auxílio de outros torcedores na identificação.
Ainda na sexta, após a partida, na delegacia, o jogador Tiago Pedra, do São José, e outra testemunha prestaram depoimento. O autor do gesto foi levado à Penitenciária Estadual de Caxias do Sul (Apanhador), mas, segundo informação colhidas pela reportagem do Pioneiro, foi liberado ainda no sábado (9) e assim responderá o processo.
Após o clube grená lançar em suas redes sociais uma nota oficial, ainda na sexta-feira, a direção grená se manifestou pela primeira vez sobre o assunto após o jogo contra o Bahia, pela Copa do Brasil. O vice-presidente de futebol Paulo Cesar Santos lamentou o ocorrido:
— Foi um fato lamentável. Fico triste com essa situação, triste com a família deste torcedor. O Caxias tomou as atitudes, participei na tomada de decisão. Houve a publicação imediata do São José, mesmo sem consultar a direção. Foram coisas muito rápidas, no flor da emoção. Fico sentido pela família — disse o dirigente.
O torcedor era sócio do Caxias e o clube ainda não definiu se ele será definitivamente proibido de frequentar o Estádio Centenário.
— É claro que temos de mudar essa cultura, o racismo não pode ser cogitado em nenhum espetáculo, em nenhum ambiente. Mas, infelizmente, convivemos com isso. O Caxias tomou todas as atitudes, identificou o torcedor. Deu todo o respaldo. Tudo o que se pode fazer. A gente lamenta que essa pessoa vai sofrer com o que está na lei. Precisa ser usado como um exemplo e superar — finalizou Paulo Cesar Santos.
