No mesmo dia em que o Juventude ficou sabendo do interesse do São Paulo no técnico Thiago Carpini, o presidente do Juventude já sabia que seria difícil o comandante recusar uma proposta do atual campeão da Copa do Brasil. A ordem ao departamento de futebol foi voltar a lista que o clube já tinha de possíveis substitutos. A lista não era nova, pois desde dezembro o clube já trabalhava com a possibilidade de saída do antigo técnico. Entre os fatores que pesaram na escolha de Roger Machado está o fato dele conhecer o futebol gaúcho, conforme o presidente do Juventude.
— No dia que nós ficamos sabendo do interesse do São Paulo no Carpini, voltamos a nossa lista. O comitê estava trabalhando. O Roger não precisa nem apresentar. Ele entende o nosso futebol, entende o futebol gaúcho, isso para gente é muito importante. Como sempre falamos, precisamos figurar bem no campeonato gaúcho. Faz anos que isso não acontece. Entender que o nosso clube é um clube de base, precisamos trabalhar com jovens — declarou Fábio Pizzamiglio.
O dirigente não esteve na linha de frente das negociações, mas estava em constante contato com o vice de futebol, Almir Adami. O clube teve duas conversas para fechar Roger Machado. A rapidez no acerto se deu pela necessidade do clube tendo em vista o Gauchão próximo de começar.
— Não estava aqui, cheguei na noite de ontem, mas estava sempre incomodando o Adami. Tiveram duas conversas boas e a partir das conversas o Adami sempre me relatava que era tudo muito positivo, tinha conhecimento do nosso grupo o Roger. Todos os fatores contribuíram, foi um acerto rápido. Todo mundo entendeu a necessidade, o campeonato está aí. Precisamos em sete ou oito dias deixar o nosso time com cara de grupo. Foi a melhor escolha possível — declarou o presidente do Juventude.