O verde e branco coloriu as ruas do entorno do Estádio Alfredo Jaconi para a festa do acesso do Juventude à Série A do Campeonato Brasileiro de 2024. Após um jogo tenso, cercado de emoção e muito nervosismo, o time alviverde venceu o Ceará, em Fortaleza, por 3 a 1, e garantiu a tão desejada vaga na elite do futebol brasileiro.
Os cantos de "Vamo Jaconero" e "Sempre ao teu lado, eu nunca te abandono" ecoaram na Rua Hércules Galló antes mesmo do apito final no Estádio Presidente Vargas. Torcedores que acompanharam altos e baixos do time, das quedas à Série D até a honra de voltar à Série A, comemoravam em família, com os amigos e com quem tem a mesma paixão pelo clube.
O jaconero Douglas Stecanella foi de carro até as ruas próximas do Jaconi para comemorar. Participando do tradicional buzinaço, ele conta que a tarde foi de angústia assistindo a partida.
— Foi uma emoção, uma agonia. Eu quis assistir o jogo em casa sozinho, porque estava muito nervoso. O Juventude é isso aí, desde a barriga da minha mãe, sempre emoção. E é Série A mais uma vez. É o maior do Sul! Mais uma vez, mais uma alegria que eu estou vivendo. É uma adrenalina fora do normal. Pode ser a quarta, quinta vez, mas toda vez é diferente, é cada vez mais alegria. E por mais que seja difícil, é o Ju. E se não for difícil, não é o Ju — se emocionou o torcedor.
Se não for difícil, não é o Ju!
DOUGLAS STECANELLA
torcedor do Juventude
O casal Thiago Menegola e Raquel Sonego foi à festa do acesso com a filha Isabela Sonego Menegola, de quatro anos. Thiago, torcedor do Palmeiras, acompanhou a esposa e a filha, juventudistas, na comemoração:
— O jogo foi muito tenso. Depois que o jogador do Ju foi expulso, confesso que eu fiquei preocupada. Mas a gente não desiste nunca, né? — disse Raquel.
Ela e o marido Thiago contam que estavam com as expectativas altas para poder assistir, juntos, os times dos dois na Série A.
— A minha esposa é juventudista, então a gente estava só pelo jogo e poder se encontrar novamente no estádio e assistir o jogo de Série A. É um alívio, eu acredito, pra todo juventudista. Acho que todos estavam esperando para soltar a voz que vinha do coração, e duvido quem alguém não esteja feliz — comemora Thiago.
É muito bom torcer pro Juventude.
RAQUEL SONEGO
Torcedora jaconera
Raquel, torcedora do Juventude desde criança, completa:
— Eu sou Ju desde pequena, sempre venho no estádio, desde que eu era do tamanho da Isabela. É uma sensação maravilhosa, muito bom! É muito bom torcer pro Juventude.
Quem aproveitou o dia com muita emoção foi o aniversariante Alexandro Lima. Na festa do acesso, ele comemorava com a família o triunfo do Juventude e o melhor presente de aniversário que poderia receber:
— Com requintes de crueldade. No sofrimento, no último minuto, mas que aniversário. E que festa! Até o segundo tempo, eu estava assustado. Quando empatou, parecia que ia dar um suspiro. Quando expulsou o jogador, eu pensei que não ia dar. E aí aquela superação, aqueles dois gols no final, emocionante, indescritível — diz Alexandro.
Com a filha Laura, de 12 anos, ao lado, ele afirma que foi um momento para lavar a alma.
— Desde os oito meses, venho em todos os jogos (com o pai e o tio). Eu estou muito feliz! Muito feliz! — sorria a torcedora.
A gente quer ver o Jaconi lotar de novo, em jogos durante a semana, que é isso que a gente gosta!
MAIARA GALLON
torcedora do Juventude
Para a jaconera Maiara Gallon, o jogo foi tenso, mas o final recompensou o nervosismo:
— Quase tive um ataque cardíaco — brinca. — Mas o Juventude é assim, se não for sofrido, não é o Juventude. Sempre foi assim e sempre vai ser. Podíamos ter decidido há três rodadas, mas ficou para o final e foi muito bom! O coração está saindo pela boca. A gente quer ver o Jaconi lotar de novo, em jogos durante a semana, que é isso que a gente gosta! De noite, no frio, no inverno de Caxias, com 2º graus e todo mundo aqui apoiando o Juve! — comemora.