O Caxias busca vaga em uma final inédita da Série D do Brasileiro neste domingo (10), às 17h30min, diante do Ferroviário, em Fortaleza-CE. A partida no Estádio Presidente Vargas pode fazer o time dar mais um passo para alcançar o título. A missão novamente não será fácil.
Após empatar em casa em 1 a 1, o time de Gerson Gusmão terá de vencer nos 90 minutos para chegar na final. Uma nova igualdade levará a decisão para os pênaltis. E o elenco do Caxias está disposto a fazer história mais uma vez. Para o meia-atacante Augusto Galvan, somente os vencedores são lembrados com o passar dos anos.
— Os grandes vencedores determinam metas na sua vida para cumprir. A partir do momento que você começa algo, tem que terminar. Esse é o nosso pensamento. Conseguimos o acesso e vamos para o título. Depois de 10, 15 anos as pessoas vão lembrar deste momento e o título é a coisa que mais marca na história do futebol — afirmou Galvan, que vê um Caxias mais leve após garantir o acesso à Série C:
— Jogamos mais tranquilos depois de uma situação histórica que aconteceu com Caixas. Marcamos a história do clube. Saiu um pouco deste peso depois de tantos anos. O jogo continua em aberto, vamos fazer uma grande partida lá. Nosso foco é o título está bem claro e foi demonstrado isso aqui no Centenário.
Após a vitória diante da Portuguesa, no Estádio Luso-Brasileiro, e o acesso garantido à Série C de 2024, Galvan classificou o elenco do Caxias como "diferente". Questionado antes da viagem para Fortaleza em quais aspectos o grupo era diferente, ele respondeu:
— Primeiro é o companheirismo. O grupo ele nunca deixou de se levar por outras situações, seja externa ou interna. Sempre nos fechamos e tivemos o pensamento igual. Isso foi fundamental. Vivenciamos cada momento. No dia do acesso tínhamos certeza. O companheirismo e comprometimento apareceram — explicou.
CONCENTRAÇÃO NO TÍTULO
O Caxias conseguiu retomar a concentração para as semifinais da Série D do Brasileiro. Aliás, se viu em campo, na partida de ida contra o Ferroviário, um time mais leve no gramado do Estádio Centenário. A pressão do acesso ficou no passado e não faz mais parte do ambiente na casa Grená. No empate em 1 a 1, o técnico Gerson Gusmão viu que a equipe merecia um resultado melhor para o confronto de volta.
— Em poucos momentos a gente não cumpriu a função, não fazendo aquilo que era necessário para vencer a equipe. Mas o geral sim, estivemos bem concentrados, bem focado e principalmente em uma confiança para fazer uma partida mais solta e ofensiva no campo do adversário. Do que foi programado os atletas se entregaram em termos de movimentação, posicionamento e fiquei feliz com a performance. Infelizmente o resultado não foi da mesma maneira que merecíamos, mas vamos buscar na próxima — declarou Gerson.
Quem passar de Ferroviário e Caxias vai enfrentar Athletic-MG e Ferroviária-SP. No primeiro confronto, o time paulista venceu por 1 a 0. As equipes se enfrentam no domingo (10), às 15h, no Estádio Independência, do América-MG. O duelo do Grená começa na sequência, às 17h30, em solo cearense.
O adversário do Caxias ainda não perdeu na Série D. Em 21 jogos foram 13 vitórias e oito empates. Não é a primeira vez que o Grená enfrenta um invicto em seus domínios. Já eliminou dois, Ceilândia-DF e Portuguesa-RJ. O técnico Gerson Gusmão também vê os números como ilusórios na Série D, pois o nível técnico entre os grupos muda conforme a região.
— Vimos o Ferroviário jogando com a gente, única equipe invicta na competição e, às vezes, esses números dependem muito da primeira fase e você não os enfrenta. O Ceilândia tinha alguns números ilusórios em termos de gols, pois as equipes eram frágeis em casa e fora, muitas goleadas e não são parâmetros. As últimas chaves aqui do centro do país para baixo é muito difícil ter isso. Acho que o Ferroviário tem méritos, mas o Caxias também — pontuou.
