Quanto mais a direção do Juventude demora em definir o nome do novo treinador, maiores são as chances de que o auxiliar Adaílton Bolzan seja efetivado. Enquanto o comitê gestor do clube avalia alguns nomes de profissionais livres no mercado e com experiência em disputas de Série B, o interino vai dando sua cara à equipe, de olho no confronto com Mirassol no sábado (13).
Pela segunda vez, coube a Adaílton comandar o grupo nesta temporada após trocas no comando técnico. No Gauchão, depois da saída de Celso Roth, foram três jogos, com duas vitórias e um empate nas rodadas finais da primeira fase. Em quinto lugar, mesmo não alcançando a classificação, o treinador deixou sua marca junto aos atletas.
E para que Adaílton tenha chances de se manter no cargo, o time terá que vencer os paulistas e alguns jogadores devem apresentar um melhor rendimento. Caso do centroavante Rodrigo Rodrigues, artilheiro do clube no Gauchão, com seis gols, mas que marcou apenas um na Série B 2023, através de um pênalti, diante do Sampaio Corrêa.
— Conhecemos bem o professor Adaílton, desde o início do ano. Sempre faz bons trabalhos. Tanto no comando do time como de auxiliar. Confiamos nas ideias dele. Sabemos que são boas e vamos nos aplicar ao máximo nessa semana pra adotar isso no jogo, encaixar bem, e conseguir o mais importante, que é voltar a pontuar — destacou o camisa 9.
Não é só a mudança de esquema que Adaílton prepara com o grupo alviverde. Na base da conversa, antes e depois do treino, o auxiliar estimula os jogadores a querer mostrar em campo que o rendimento de cada um pode ser maior.
— Ele sempre nos passa muita confiança, fala da nossa qualidade, dá coragem pra gente, então isso é fundamental. É uma virada de ciclo, uma virada de chave. A palavra dele é importante pra gente manter a cabeça boa e voltar pro campeonato o mais rápido possível — apontou o centroavante.
O estilo de Adaílton não se aproxima dos ex-treinadores que dirigiram o clube nesta temporada. Celso Roth partiu de um esquema mais defensivo, com quatro volantes, inicialmente. Pintado mudou radicalmente a forma da equipe jogar e tentou implantar o 4-3-3, mas teve que mudar jogo a jogo por não conseguir resultados.
Adaílton parte do princípio que o time tem que ter mais posse de bola, com jogadores povoando o meio-campo e com marcação no campo adversário, algo que agrada ao camisa 9 alviverde.
— É um jogo apoiado, a gente gosta de ter a bola, de atacar o adversário. Importante ele nos dar esta confiança, por estarmos em casa, com a nossa torcida, brigando a cada bola, sabendo que nenhum jogo é fácil, que mesmo a gente ganhando, não podemos baixar a crista, então precisamos saber disso e brigar muito. O torcedor quer esta confiança, este time aguerrido, que ganha jogos, pontua independente se for em casa ou fora. Foco total na vitória e nada mais importa — finalizou.