O Juventude foi buscar no atual vice-campeão paulista a solução de um dos problemas da equipe neste começo de temporada. Contratados em janeiro, nem Dani Bolt, o titular absoluto, muito menos Daniel Guedes, que atuou em apenas três jogos, assumiram a responsabilidade de ser o camisa 2 do time. O técnico Pintado, então, apostou as suas fichas na contratação de Reginaldo, um dos destaques do Água Santa, para ser o dono da posição.
— Foi um contato antes mesmo da fase de mata-mata do Paulistão. Eu não pensei duas vezes e aceitei de imediato. Firmamos um pré-acordo, até porque eu sei da expectativa que o torcedor do Juventude tem. Eu sei do objetivo do clube. Até o ano passado estava na Série A e, com certeza, vai brigar para subir esse ano. Quando recebi a proposta, não pensei duas vezes e aceitei de imediato — revelou o atleta.
O lateral considera que o momento histórico vivido na equipe de Diadema com o técnico Thiago Carpini pode ser transferido para o Alfredo Jaconi, agora sob o comando de Pintado.
— Eu percebi que no Juventude tem algo que tinha no Água Santa. São pessoas que vivem o clube de verdade, no dia a dia, que dão o suporte. Acredito que isso fez a diferença. Compramos a ideia do Carpini e sabíamos que se colocássemos em prática tudo que ele pedia, a gente iria ter uma assertividade. Tenho certeza que será assim aqui no Juventude com o Pintado — destacou o jogador.
Eu falei para o meu empresário que não queria ouvir outros clubes, porque eu já tinha firmado com o Juventude e estava motivado para vim para cá
REGINALDO
Lateral recebeu propostas após boa campanha pelo Água Santa
Eleito o melhor lateral-direito do Campeonato Paulista, Reginaldo recebeu outras propostas, uma delas do ABC de Natal, mas decidiu manter o acordo que tinha com o Verdão.
— Quando chegamos na fase de quartas de final e semifinal do Paulistão, acabaram aparecendo várias propostas. O pessoal começa a procurar, porque nós éramos o único clube sem calendário no segundo semestre. Então, a visibilidade ficou toda em nós. Eu falei para o meu empresário que não queria ouvir outros clubes, porque já tinha firmado com o Juventude e estava motivado para vir para cá — apontou Reginaldo.
E, aos 30 anos, o lateral trouxe na bagagem para Caxias do Sul também a experiência de quem atuou em quase 150 jogos na Série B, pelo CRB, de Alagoas.
— No CRB, foi minha primeira temporada com mais de 60 jogos. Lá, tem a questão da logística que atrapalha um pouco, mas foi resultado de muito trabalho, alimentação correta, o sono correto. O atleta precisa se cuidar muito fora do clube também. Essa marca foi muito importante na minha carreira. Com foco e disciplina a gente tenta não se lesionar. Acredito que já disputei umas quatro ou cinco Séries B. Acredito na regularidade. Não adianta começar muito bem e cair de produção durante a competição — afirmou o atleta.
A experiência de Reginaldo pode ser um ingrediente que faltava na receita de acesso que tem em mente o técnico Pintado, que alcançou o objetivo com no clube em 2020/2021.
— Passando o tempo é óbvio que se adquire essa maturidade. Eu vivi muitas coisas no futebol e trabalhei com vários treinadores e metodologias de trabalho. Isso dá uma maturidade. Por exemplo, eu estava no Água Santa com o Carpini e agora no Juventude com o Pintado. São filosofias diferentes e a gente tem que se adaptar o mais rápido possível — destacou.
No sábado (22), contra o Novorizontino, em São Paulo, Reginaldo terá a chance de fazer sua estreia com a camisa alviverde.
— Estou 100%, com ritmo de jogo e adaptado ao clube e ao estilo de jogo do professor Pintado. Lógico que respeitando o grupo e as peças que têm no elenco. Estou à disposição, muito preparado e muito motivado. Está sendo uma adaptação muito boa. Fui muito bem recepcionado pelos funcionários e pelos jogadores. Estou feliz e motivado por vestir essa grande camisa do futebol brasileiro — finalizou.