Aos 24 anos, o meia-atacante Augusto Galvan já passou um gigante do futebol mundial. O novo reforço do Caxias integrou as categorias de base do Real Madrid aos 17 anos de idade. Ele foi comprado pelo time espanhol após se destacar no São Paulo e passou pelo sub-17, sub-19 e o time B do clube Merengue entre 2017 e 2020. Ao ser apresentado pelo Caxias para a Série D do Brasileirão, o jogador falou sobre esta experiência, que classificou como única.
— Para mim foi algo que aconteceu muito rápido. Não da noite para o dia, mas era jovem. Recebi a proposta com 17 anos, mas o que tenho para levar são coisas gratificantes, pois tive grandes treinadores e trabalhei com atletas mundialmente conhecidos — disse Augusto Galvan, que completou sobre em qual aspecto cresceu como jogador atuando na Espanha:
— Taticamente. Muito se fala do brasileiro na questão técnica. Cheguei muito pela questão técnica, mas ao longo dos anos fui aprendendo taticamente o quanto é importante o camisa 10 fazer várias funções, pelo meio, ponta ou atacante. Hoje, o que agrega no futebol é isso, o jogo coletivo — explicou o novo reforço Grená, que ainda defendeu o Las Rozas e Cultural Leonesa, ambos da Espanha.
Contudo, após a passagem pela Europa, jogador não conseguiu retornar ao Brasil em alto nível. No Santos, integrou o time sub-23 e não jogou no profissional. Já nesta temporada, o atleta atuou pelo Azuriz no Campeonato Paranaense. Agora no Caxias, ele quer reencontrar o seu futebol para voltar a crescer profissionalmente.
— O que eu tenho que pensar é reconstruir a minha carreira passo a passo. Consegui atingir um nível de futebol, mas não me mantive. Então é reconstruir aqui no Caxias, subir de divisão é o principal foco. Mesmo você estando no topo pode oscilar. Tenho certeza que o Caxias tende a subir — refletiu.
NO CENTENÁRIO
Galvan trabalhou com técnico Tcheco no Azuriz no começo do ano. O atleta gosta de atuar mais como um meia ofensivo. No time paranaense chegou a fazer a extrema, mas é camisa 10 de origem.
— Eu gosto de fazer meia ofensivo, mas no Azuriz joguei de ponta. De origem gosto de jogar de camisa 10, mas aqui tenho que pensar que tem grandes jogadores e a disputa é maior. No final tenho que pensar no coletivo — contou Augusto Galvan.
O atleta já participa dos treinamentos com o elenco do Caxias e disse se sentir bem para o jogo-treino de sexta-feira, às 15h, contra o São José, em Porto Alegre.
— Acho que neste começo tenho que prestar bem atenção, eles chegaram na final do Gauchão. Tenho aprendido muito com Marciel e o Peninha que jogam mais centralizados. É entender que o momento vai acontecer naturalmente, mas pensar bem que o meu objetivo aqui é ajudar o Caxias — afirmou o meia-atacante, que também respondeu sobre a pressão de conquistar o acesso à Série C do Brasileirão:
— Acho que essa responsabilidade por um atleta é tudo aquilo que a gente sonha. O objetivo tem que ser bem trabalhado e com certeza um clube como o Caxias as coisas naturalmente vão acontecer. A Série D é bastante competitiva, bem disputada. Mesmo chegando ao mata-mata é diferente de se classificar. O objetivo é pensar que cada jogo é uma final.